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"Amanhã, teremos audiência com embaixador chinês", anuncia Queiroga

"Amanhã, teremos audiência com embaixador chinês", anuncia Queiroga

O anúncio do ministro ocorre um dia após o presidente veicular teorias conspiratórias , entre elas a de que o vírus havia sido concebido em laboratório como uma guerra biológica

Publicado em 6 de maio de 2021 às 16:10

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Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga na CPI da Covid
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga durante a CPI da Covid. . (Jefferson Rudy/Agência Senado)

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que deve se reunir na sexta-feira (07), com representantes chineses, em especial o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, a fim de tratar da disponibilização de insumos farmacêuticos ao País.

O anúncio acontece um dia após o presidente Jair Bolsonaro voltar a veicular teorias conspiratórias, entre elas, a de que o novo coronavírus havia sido concebido em laboratório como parte de uma guerra biológica. "Vamos continuar trabalhando para manter as boas relações que o Brasil tem com a China no que tange à questão da Saúde. Eu e o ministro das Relações Exteriores Carlos França estamos trabalhando juntos", disse Queiroga durante depoimento à CPI da Covid no Senado. "Estou com muitas esperanças de que consigamos ampliar ações com a China independente de quaisquer fatos", completou.

O senador Humberto Costa (PT-PE), quem perguntava ao depoente, ironizou o otimismo do ministro. "Eu imagino que ajudou muito a fala do presidente. O senhor vai chegar amanhã na Embaixada da China e vai ser recebido de braços abertos", afirmou.

MEDICAMENTOS SEM EFICÁCIA COMPROVADA

depoimento do ministro da Saúde criou um clima tenso na CPI da Covid, diante da resistência do auxiliar de Bolsonaro em responder qual sua posição sobre o uso da cloroquina em pacientes da Covid-19, medida defendida pelo presidente da República, mesmo sem eficácia comprovada do medicamento contra a doença.

O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), e o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), elevaram o tom e as cobranças para que Queiroga se manifestasse objetivamente sobre o tópico, enquanto que o ministro afirmou não ser esse o momento apropriado para dar sua opinião sobre o medicamento.

"Não faço juízo de valor acerca da opinião do presidente. É uma questão de natureza técnica. No começo, o uso compassivo (do remédio) foi feito em diversas instituições e já existem (estudos) controlados que mostram que naqueles pacientes mais graves esse medicamento não tem efeito; no intermediário, o medicamento não tem efeito", disse Queiroga, que, no entanto, foi interrompido por Renan, segundo quem o ministro não estava respondendo à sua pergunta.

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