A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recebeu um pedido da AstraZeneca para a alteração do esquema vacinal contra a Covid-19 no Brasil. A intenção é incluir a aplicação da terceira dose do imunizante para a população.
Registrada no Brasil desde 12 de março de 2021, atualmente a bula da vacina prevê duas doses para imunização completa.
Para que a mudança seja aceita, é preciso avaliar a segurança, que deve ter o perfil mantido, além de verificar a eficácia atingida com o reforço. O prazo para avaliação do pedido é de até 30 dias, desde que não sejam necessárias informações e esclarecimentos adicionais.
A intenção da AstraZeneca é que a vacinação seja homóloga, ou seja, pessoas que tenham recebido duas doses do imunizante, há pelo menos seis meses, receberão o reforço da mesma fabricante. Segundo a Anvisa, a proposta envolve todas as pessoas com 18 anos ou mais.
A agência brasileira explicou, também, que o estudo clínico que acompanha o pedido da AstraZeneca teve o protocolo aprovado em 19 de julho deste ano. Os testes contaram com a participação de voluntários brasileiros.
No Brasil, até o momento, a preferência é pela aplicação da Pfizer como dose de reforço. Isso porque o Ministério da Saúde prevê o esquema heterólogo, ou seja: quem completou o esquema vacinal com uma marca preferencialmente receberá a dose adicional de outro fabricante.
Na terça-feira (16), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que todos os adultos poderão ser vacinados com a dose de reforço contra a Covid-19. Além disso, o Ministério decidiu pela redução de seis para cinco meses para a aplicação da terceira dose.
Antes, a dose adicional estava liberada apenas para idosos, imunossuprimidos e profissionais de saúde. A continuidade do esquema vacinal, porém, fica a cargo de cada estado e município.
Outra alteração prevista é que as pessoas que iniciaram a vacinação com o imunizante da Janssen precisarão completar o ciclo vacinal com uma segunda dose do mesmo fabricante dois meses após a primeira.
A princípio, a vacina foi aplicada no Brasil como sendo dose única, mas houve uma mudança no entendimento da comunidade científica após novos testes divulgados pela fabricante. O reforço para esse público também será oferecido cinco meses depois da segunda dose.
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