RIO DE JANEIRO, RJ, E SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) - Manifestantes se reúnem neste 7 de setembro em ao menos 15 capitais, incluindo Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, com pautas antidemocráticas, a favor do governo Jair Bolsonaro (sem partido) e contra o STF (Supremo Tribunal Federal). A maioria não usa máscaras contra a Covid-19.
Entre as demais cidades com passeatas ou carreatas estão Salvador, Recife, São Luís, Fortaleza, Belém, Belo Horizonte, Florianópolis e Goiânia. Algumas delas também registram atos menores de oposição ao presidente, principalmente organizados pelo movimento Grito dos Excluídos.
Em Salvador, o protesto acontece nas proximidades do Farol da Barra e reúne três trios elétricos. Manifestantes carregam faixas pedindo intervenção no Supremo, parte deles sem máscara. Alguns deles trazem cartazes em outras línguas, como inglês, francês, espanhol e alemão.
Em discursos nos trios, houve menções elogiosas ao soldado Wesley Soares, morto em março deste ano na mesma região. Ele passou quatro horas dando tiros para o alto, gritando palavras de ordem, e foi baleado após atirar com um fuzil contra policiais que negociavam sua rendição.
Em São Luís e em Fortaleza, as manifestações ocorreram em formato de carreata. Na primeira, a concentração foi em frente à nova loja da Havan, inaugurada no início do mês pelo empresário bolsonarista Luciano Hang.
Já na segunda, a reunião foi ao lado do estádio Castelão. Um carro de som tocava jingles de Bolsonaro em ritmo de forró e trazia uma faixa com a mensagem: "Liberdade não se ganha, se toma".
No Recife, o ato ganhou mais adesão por volta das 10h na orla da praia de Boa Viagem, onde tradicionalmente ocorrem manifestações pró-Bolsonaro. O grupo caminha acompanhado de um trio elétrico com os dizeres: "Supremo é o povo". Também há cartazes em outros idiomas, como alemão.
Em Belo Horizonte, os manifestantes saíram em carreata da Pampulha, na avenida Antônio Abrahão Caram, com direção à Praça da Liberdade, onde começaram a se dispersar por volta das 12h30. A menos de 2 km, há um pequeno grupo de vermelho formado por movimentos sociais.
Mais uma vez, no ato pró-Bolsonaro são vistas faixas em inglês, com escritos como "O povo brasileiro diz não aos membros da Suprema Corte". Há ainda algumas manifestações contrárias à vacinação contra a Covid e com menções a medicamentos ineficazes para a doença.
Em Florianópolis, as pessoas se concentraram no Trapiche da Beira-Mar, ocupando a avenida em ambos os sentidos. Diversas rodovias de Santa Catarina registraram pontos de interdição e lentidão por causa de carreatas de caminhões, tratores e carros, como as BRs 282, 101, 116, 153 e 280, segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal).
Joinville, Blumenau, Chapecó, Criciúma, Itajaí e Balneário Camboriú foram outras cidades catarinenses com atos pela manhã.
Em Goiânia, o ato começou no autódromo por volta de 9h, com destino ao ginásio de esportes do Jardim Guanabara. Também houve carreatas de motos e carros, com cartazes e faixas nos veículos em inglês e francês -um deles diz "Bolsonaro é a esperança do Brasil".
Em São Paulo a maior concentração ocorre na Avenida Paulista. No Vale do Anhangabaú foram registrados atos pró e contra o governo de Jair Bolsonaro. O presidente se dirigiu à capital paulista para discursar para apoiadores.
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