O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), fez o primeiro pronunciamento, na tarde desta terça-feira (1º), após ter sido derrotado nas eleições 2022 para ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Bolsonaro falou com a imprensa direto do Palácio da Alvorada, em Brasília.
Após mais de 40 horas de suspense, Bolsonaro falou durante 2 minutos e 3 segundos. Ao quebrar o silêncio, ele mencionou os bloqueios nas estradas e falou em indignação com injustiças na eleição.
Bolsonaro não parabenizou Lula, mas também não contestou a derrota. Ele agradeceu pelos 58 milhões de votos recebidos no segundo turno e disse que cumprirá a Constituição.
“Sempre fui rotulado como antidemocrático. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Sempre continuarei cumprindo todos os mandamentos na nossa Constituição”, afirmou.
Sobre os bloqueios, ele afirmou que “manifestações pacíficas são bem-vindas, mas não podemos repetir método da esquerda”.
Ele não pediu diretamente para que os manifestantes liberem as vias, mas defendeu que seja preservado o direito de ir e vir.
"Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir", disse.
O presidente ainda destacou que "a direita surgiu de verdade" no País e a formação de "diversas lideranças" que atuarão no Congresso a partir do próximo ano.
"A direita surgiu de verdade em nosso País. Nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, Pátria, família e liberdade. Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivos pelo Brasil, somos pela ordem e o progresso", afirmou, em pronunciamento no Palácio da Alvorada, rodeado por ministros do seu governo.
"Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas. Mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir. A direita surgiu de verdade em nosso país. Nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, pátria, família e liberdade. Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Nosso sonho segue mais vivo do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso. Mesmo enfrentando todo o sistema superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra. Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar mídia e as redes sociais. Enquanto Presidente da República, esse cidadão continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição. É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde e amarela da nossa bandeira. Muito obrigado."
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