Um dia após o lançamento do aplicativo para obtenção do auxílio emergencial de R$ 600 que será liberado pelo governo, pessoas que tentaram fazer o cadastro nesta quarta-feira (8) relataram dificuldades e instabilidade na plataforma que foi disponibilizada pela Caixa Econômica Federal.
O auxílio de R$ 600 será pago durante três meses. Os que têm direito a receber são os trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e intermitentes sem emprego fixo, desde que não estejam recebendo benefício previdenciário ou o seguro-desemprego. Mães que sustentam família terão direito a R$ 1.200.
Os relatos dos clientes vão desde a impossibilidade de acessar o app até dificuldades no cadastro. Segundo reclamações em redes sociais, os servidores da ferramenta caem com frequência, e o código para verificação do usuário demora a chegar.
Há relatos de clientes de que aqueles que não possuem o nome da mãe em nenhuma certidão não conseguem fazer o cadastro.
Ter o CPF regular é uma das exigências feitas pelo governo para o pagamento do auxílio. O CPF pode ser considerado irregular em caso de pendência na entrega de declarações de Imposto de Renda ou pendências com a Justiça Eleitoral, bem como caso haja a identificação de algum tipo de fraude e presença de dados incompletos ou incorretos.
A Receita Federal informou que o serviço de regularização de CPF para recebimento do auxílio emergencial de R$ 600 está disponível 24h por dia, sete dias por semana.
O aplicativo do auxílio já contava com mais de 10 milhões de downloads até esta quarta.
Para que a pessoa possa receber o auxílio, ela precisará ser maior de 18 anos, não ter emprego formal ativo, não ser titular de benefício previdenciário ou assistencial ou do seguro-desemprego, não ser beneficiário de programa de transferência de renda federal (exceto Bolsa Família) e exercer atividade na condição de microempreendedor individual, contribuinte individual do INSS ou trabalhador informal de qualquer natureza inscrito no CadÚnico.
A renda máxima para ter o direito é de R$ 522,50 por pessoa na família ou R$ 3.135 por grupo familiar, além de ter tido renda tributável de no máximo R$ 28.559,70 em 2018.
Para receber, o beneficiário que não possui registro no CadÚnico -cadastro do governo federal para o pagamento de benefícios sociais- precisará se cadastrar no aplicativo divulgado nesta terça-feira (7) pela Caixa, baixando-o no celular ou acessando o site auxilio.caixa.gov.br para registrar a solicitação. Quem estiver neste cadastro não precisará do aplicativo lançado pelo governo.
O dinheiro será disponibilizado pela Caixa Econômica Federal. Pelo aplicativo, o beneficiário poderá escolher a transferência para uma conta corrente ou poupança de sua preferência de sua titularidade, em qualquer banco.
Alguns clientes da Caixa Econômica também já haviam relatado instabilidade no aplicativo do banco desde segunda-feira (6).
Procurada, a Caixa não respondeu até a conclusão desta matéria.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta