Turistas brasileiros completamente imunizados contra a Covid-19 podem, a partir desta semana, viajar para a Alemanha e para a Espanha sem a necessidade de fazer quarentena.
Na Espanha, a entrada foi liberada nesta terça-feira (24), e viajantes que saem do Brasil podem entrar no país desde que tenham tomado a segunda dose das vacinas da Pfizer, da AstraZeneca -incluindo Covishield, produzida na Índia- e da Coronavac, ou a dose única da Janssen, há no mínimo 14 dias.
Será preciso apresentar o certificado de vacinação traduzido em espanhol, inglês, francês ou alemão. No aplicativo ConecteSUS, do Ministério da Saúde brasileiro, já está disponível a opção para emitir o documento em inglês ou espanhol. Além disso, o passageiro deve preencher, antes de começar a viagem, um formulário de controle de saúde, disponível no site do governo espanhol. Após o preenchimento, é gerado um código QR que deve ser apresentado tanto no embarque como na chegada.
Mesmo vacinado, o viajante passará por uma triagem, que inclui medição de temperatura, checagem de documentos e verificação visual do estado de saúde -é possível, ainda, a exigência de um teste de antígenos. Assim, ainda que a entrada tenha sido flexibilizada, de acordo com a embaixada da Espanha no Brasil qualquer pessoa pode ter a entrada recusada por motivos de saúde pública
Para se deslocar dentro da Europa, será necessário observar as condições de entrada nos demais países do continente. Cada nação estabeleceu regras diferentes, e elas têm sido alteradas com frequência.
Já os não vacinados só poderão entrar se forem espanhóis ou nacionais da União Europeia, cônjuges, parceiros com uniões estáveis ou filhos com menos de 21 anos de idade, pessoas com residência no espaço Schengen, entre outras exceções, disponíveis no site da embaixada espanhola.
A Alemanha também retirou o Brasil da lista de países com restrições mais severas, e turistas brasileiros já podem desde domingo (22) viajar sem a necessidade de fazer quarentena, desde que estejam completamente vacinados contra a Covid-19.
O governo alemão reconhece as vacinas da Pfizer, da Janssen, da Astrazeneca (incluindo a Covishield) e da Moderna, que não é aplicada no Brasil. A Coronavac, imunizante da Sinovac fabricado no Brasil pelo Instituto Butantan, ainda não está entre os aceitos pela Alemanha neste momento, mas o governo diz que a ampliação da lista "está prevista assim que os testes necessários forem concluídos".
Embora tenha saído da lista de países com presença forte de variantes mais transmissíveis da doença, o Brasil ainda é considerado pela Alemanha uma zona de alto risco, e por isso pessoas que tiverem tomado a segunda dose há mais de 14 dias (ou a dose única, no caso do fármaco da Janssen) devem pedir o registro digital de entrada pelo site einreiseanmeldung.de antes de viajar.
Além disso, é preciso apresentar o comprovante de vacinação, que será exigido pela companhia aérea antes do embarque e pode ser pedido pela polícia alemã ou por autoridade de controle de fronteira.
Esse certificado deverá estar em alemão, inglês, francês, italiano ou espanhol e precisa conter os dados da pessoa vacinada (nome, sobrenome e data de nascimento), data de vacinação e número de doses aplicadas, nome da vacina aplicada e indicador da instituição responsável pela vacinação.
Caso o viajante já tenha contraído o vírus, o governo exige apenas uma dose da vacina, mas é necessário comprovar a infecção com um teste de PCR positivo em alemão, inglês, francês, italiano ou espanhol.
Crianças com idade abaixo de 12 anos que ainda não foram vacinadas podem entrar no país acompanhadas pelos pais completamente imunizados e não precisam fazer teste.
Quem não está completamente imunizado pode entrar no país apenas se tiver cidadania alemã ou residência no país -ou em caso de extrema necessidade, como a morte de um parente imediato. Neste caso, é preciso fazer uma quarentena ao ingressar na Alemanha.
Outros países também já retiraram a restrição para brasileiros completamente vacinados, como a França, Finlândia e Suíça. Já a Irlanda permite a entrada de qualquer viajante do país, vacinado ou não.
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