Familiares das vítimas do acidente no Capitólio estão no IML (Instituto Médico Legal) de Passos (MG) na manhã deste domingo (9), na tentativa de liberar os corpos já identificados ou coletar material genético para posterior identificação de cadáveres que tiveram seus corpos mutilados.
Em frente ao instituto, há cerca de 10 pessoas. Em meio ao tempo chuvoso, os familiares apresentam sinais de cansaço e olhos marejados.
A Polícia Civil de Passos confirma o reconhecimento formal de apenas uma das vítimas, o aposentado Julio Borges Antunes, morador de São José da Barra (MG).
À Folha, o sobrinho Felipe Antunes, 30, afirmou que era a primeira vez que seu tio andava de lancha pelo lago Furnas.
"Sempre gostou de pescar, mas foi a primeira vez que foi dar um passeio de lancha", diz Antunes.
Familiares também afirmam já ter identificado outros corpos. O marmorista Rogelhio Francisco das Chagas, 37, afirma que quatro vítimas da tragédia deixaram a cidade de Serrania (MG), para acampar.
Segundo ele, entre seus familiares mortos já identificados estão o policial militar aposentado de Minas Gerais, Sebastião Teixeira da Silva, 63, e a dona de casa Marlene Augusta Silva, 52, esposa de Sebastião.
O filho do casal Geovane Teixeira da Silva, 37, e o neto Geovane Gabriel Oliveira da Silva, 14, seguem desaparecidos. "Vieram a passeio. Estavam acampados em um sítio e resolveram andar de barco", disse Rogelhio.
Na tarde de sábado (8) o desabamento de uma parte de cânion sobre lanchas que passeavam pelo lago de Furnas, em Capitólio (MG), deixou ao menos oito mortos. No acidente, quatro embarcações foram atingidas, das quais duas afundaram e 32 pessoas ficaram feridas.
De acordo com o Corpo de Bombeiros as buscas pelos dois desaparecidos foram retomadas na madrugada deste domingo (9).
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