> >
Aprovação do Bolsonaro volta ao pior nível com coronavírus e crise econômica

Aprovação do Bolsonaro volta ao pior nível com coronavírus e crise econômica

Pesquisa da XP/Ipespe mostra que avaliações positivas do atual governo voltaram a 30%. Levantamento ainda revela que 48% dos entrevistados acreditam que as medidas de Guedes estão no caminho errado

Publicado em 20 de março de 2020 às 11:43

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Coletiva à Imprensa do Presidente da República, Jair Bolsonaro e Ministros de Estado. (Marcos Correa)

O avanço do coronavírus no Brasil, as medidas lentas do país para conter a doença e o caos atual da economia brasileira têm reduzido a popularidade do presidente Jair Bolsonaro, que voltou ao pior patamar desde o início do mandato. 

Segundo pesquisa da XP/Ipespe, o índice de aprovação do atual mandatário brasileiro caiu quatro pontos percentuais. Neste mês, são 30% os que dizem considerar a administração ótima ou boa, contra 34% no levantamento de fevereiro. O novo patamar registrado é o mesmo observado em setembro do ano passado. O grupo dos que avaliam o governo como ruim ou péssimo se manteve estável em 36%.

A pesquisa ouviu 1.000 pessoas em território nacional, de segunda a quarta-feira (16 a 18 de março), período em que se intensificaram os efeitos da crise provocada pela pandemia de coronavírus. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

Em discurso no dia 9/3, em Miami, Bolsonaro avaliou a reação à epidemia de coronavírus como "superdimensionada"(Folhapress)

A alteração nas popularidade coincide com uma inversão na percepção sobre a condução da política econômica. Hoje, 48% dos entrevistados consideram que a economia está no caminho errado, contra 38% que veem a economia no caminho certo. Há um mês, eram 47% os que tinham visão positiva contra 40% com visão negativa.

CORONAVÍRUS

Os entrevistados foram questionados especificamente sobre a pandemia. As pessoas que estão com um pouco ou muito medo da doença passaram de 50% para 70% em um mês. Os que dizem não ter medo caíram de 49% para 28%.

Entre os entrevistados, 83% disseram já ter tomado medidas de prevenção e outros 9% dizem que pretendem tomar. Entre as medidas testadas, aumentar a frequência com que se lava as mãos é a mais lembrada (99%). O uso de álcool em gel é mencionado por 93%. A maioria das pessoas também pretende evitar eventos (89%), bares e restaurantes (88%), adiar viagens nacionais (77%) e internacionais (73%).

A atuação do ministro da Sáude, Luiz Mandetta, para esclarecer a população e evitar a propagação é vista como positiva por 56% dos entrevistados. A reação do governo federal é aprovada por 40%, enquanto as medidas para combater a disseminação e tratar infectados tem avaliação ótima ou boa de 41%. A ação do ministro da Economia, Paulo Guedes, para fazer frente à crise é bem vista por 32% dos entrevistados.

Para o combate aos efeitos econômicos da crise, 61% preferem a adoção de medidas de estímulo, enquanto 24% acham que o Congresso deveria focar a aprovação da agenda anterior, das reformas administrativa e tributária.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais