Integrantes do PSDB reagiram aos elogios públicos e à aproximação entre os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. A notícia de que ambos almoçaram juntos, na semana passada, na casa do ex-ministro Nelson Jobim, provocou mal estar no partido. Bruno Araújo, presidente da Executiva nacional tucana, resumiu o incômodo e fez um apelo para o partido evite 'passar sinais trocados" a seus eleitores.
"Esse encontro ajuda a derrotar Bolsonaro, mas não faz bem a um potencial candidato do PSDB. Nossa característica é saber dialogar, inclusive com adversários políticos. De toda forma, precisamos evitar sinais trocados aos nossos eleitores. O partido segue firme na construção de uma candidatura distante dos extremos que se estabeleceram na democracia brasileira", afirmou Araújo. "Depois de o petismo rotular seu governo de 'herança maldita', parece mais que estão em busca de votos do que um reconhecimento da gestão de FHC."
Lula registrou o encontro nesta sexta-feira, 21, por meio de suas redes sociais. A aproximação com o tucano faz parte da estratégia do petista de se apresentar como um pré-candidato moderado e atrair lideranças do centro político. À coluna Direto da Fonte, FHC afirmou nesta sexta que continua buscando uma terceira via entre Bolsonaro e Lula. Se possível, no PSDB. "Se essa não acontecer, não vou deixar meu voto em branco". Ele também tuitou sobre o assunto: "Reafirmo, para evitar más interpretações: PSDB deve lançar candidato e o apoiarei; se não o levarmos ao segundo turno, neste caso não apoiarei o atual mandante, mas quem a ele se oponha, mesmo o Lula."
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