O procurador-geral da República, Augusto Aras, criticou o sistema de lista tríplice para a indicação dos chefes da PGR (Procuradoria-Geral da República), argumentando que ele possibilitava "graves inconsistências".
Aras foi indicado em 2019 para o cargo pelo presidente Jair Bolsonaro, que quebrou a tradição de indicar um dos membros da lista tríplice elaborada pelo Ministério Público Federal.
"O sistema utilizado para as eleições internas, inclusive, para a lista tríplice ao cargo de PGR, possibilitava graves inconsistências e era totalmente inauditável", disse, ao citar problemas que diz ter encontrado ao assumir o cargo.
Aras também foi questionado sobre a proposta do voto impresso, uma das principais bandeiras do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), derrotada na Câmara. Na resposta, ele afirmou que não se omitiu sobre o tema e destacou que a vice-procuradoria eleitoral se manifestou pela "idoneidade" do sistema atual.
"O sistema eleitoral foi questionado nesse período. Todavia, a PGR, que tem 74 membros, dos quais o vice-procurador eleitoral é um subprocurador da República, e este colega tem ampla independência, manifestou-se claramente pela idoneidade do sistema de votação eleitoral, ante a falta de comprovação de fraudes", lembrou.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta