Uma creche foi alvo de um ataque em Blumenau, na região de Vale do Itajaí, em Santa Catarina, na manhã desta quarta-feira (5). De acordo com o site G1, quatro crianças morreram - três meninos e uma menina, com idade entre 5 e 7 anos - e outras quatro ficaram feridas e levadas para o hospital Santo Antônio, nenhuma em estado grave.
Segundo as primeiras informações, a creche particular Bom Pastor foi invadida pelo suspeito, que pulou o muro da unidade e, com uma machadinha, atacou as crianças que estavam no local. Logo após o ataque, o homem de 25 anos fugiu e se entregou a dois policiais militares no 10º Batalhão da Polícia Militar de Blumenau, a cerca de dois quilômetros da creche.
A Polícia Civil investiga se há mais envolvidos no ataque. "A Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, que tem expertise na extração de dados de telefone e computadores. A gente quer identificar se tem mais algum participante, se mais alguém participou, como ele tramou esse plano, onde ele obteve informações", afirmou o delegado-geral Ulisses Gabriel, chefe da Polícia Civil de Santa Catarina.
Pais das crianças, viaturas policiais e ambulâncias se encontram no estabelecimento. Os pais das crianças foram ao local após saber do atentado. A princípio, apenas agentes de segurança entraram na creche para o resgate das vítimas e os sobreviventes foram liberados aos poucos. Até as 10h desta quarta-feira, todas as crianças já haviam sido liberadas.
Uma das professoras do Centro de Educação Infantil, que se identificou apenas como Simone, disse que trancou a sala onde ficam os bebês, para tentar protegê-los.
Os vizinhos da escola se disseram impressionados com a rapidez com que o assassino entrou e saiu do local sem ser visto.
"Ninguém viu como [o assassino] chegou ou como saiu, foi muito rápido. É uma sensação de impotência, de não conseguir parar esse cara, de não conseguir fazer nada. Nossos filhos iam nessa creche até o ano passado, são amiguinhos deles que estavam ali, a gente imagina a dor dos pais em uma hora dessas", acrescentou.
A Gazeta não vai publicar a identificação do autor do ataque seguindo recomendações de especialistas em atenção ao chamado “efeito contágio”.
Para os estudiosos, quando a mídia publica detalhes sobre o agressor aumenta a possibilidade de imitadores do ato, em busca de visibilidade e notoriedade. Este é geralmente um dos objetivos dos agressores, que passam a ser idolatrados por outros indivíduos propensos à promoção de novos massacres.
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