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Até ontem, não havia casos de contaminação nas Forças Armadas, diz Defesa

Até ontem, não havia casos de contaminação nas Forças Armadas, diz Defesa

As Forças Armadas têm um contingente de 360 mil militares e, no momento, os comandos militares estão realizando reuniões e fazendo planejamentos e estudos preparativos para serem desencadeados, caso haja necessidade

Publicado em 14 de março de 2020 às 11:55

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Hospital das Forças Armadas (HFA) em Brasília. (Reprodução Facebook)

Até o final desta sexta-feira, o Ministério da Defesa não havia recebido nenhuma confirmação positiva para coronavírus entre os militares do Exército, Marinha e Aeronáutica. Até então, não havia nenhuma confirmação, também, entre os militares que estavam no voo que trouxe o presidente Jair Bolsonaro e sua comitiva de Miami para Brasília na terça-feira. Estava nesse voo o secretário de Comunicação Social da Presidência, Fábio Wajngarten, que apresentou resultado positivo para o Covid-19.

As Forças Armadas têm um contingente de 360 mil militares e, no momento, os comandos militares estão realizando reuniões e fazendo planejamentos e estudos preparativos para serem desencadeados, caso haja necessidade. Mas, no momento, avisam que tudo ainda está em elaboração e não há nada em execução porque isso seria precipitação.

Venezuela e Guiana. Segundo a pasta, também não há nenhuma sinalização até agora em relação a fechamento de fronteira de Roraima com a Venezuela e a Guiana por causa do coronavírus, como pediu o governador do Estado, Antonio Denarium (Sem partido), ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM). Os militares reconhecem que a preocupação do governador é justa, principalmente em relação aos venezuelanos. Não há informações concretas de como está se disseminando a doença no país vizinho, que enfrenta problemas de censura na imprensa, além de grave crise econômica e social. Os militares lembram que, mesmo antes da pandemia, o número de venezuelanos fugindo do país era imenso e trouxe demasiados problemas ao Estado de Roraima. Com o coronavírus se espalhando, e a falta de hospitais e atendimento, o serviço de Saúde de Roraima se esgotaria.

Fontes militares informam ainda que, internamente, todos os procedimentos estão sendo realizados de acordo com as normas do Ministério da Saúde. Isso inclui, por exemplo, cuidados com os alojamentos, onde dormem os militares. Não há nenhuma expectativa ou possibilidade em discussão sobre baixa antecipada de recrutas por causa do coronavírus, salientaram as fontes, que lembram que a incorporação dos soldados, em sua maioria, ocorreu no início do mês.

"O Ministério da Defesa acompanha atentamente, desde o início, toda a evolução da situação relativa ao Covid-19, de modo a poder atender eventuais demandas identificadas pelo Ministério da Saúde, conforme ocorreu na bem-sucedida operação de resgate dos brasileiros que se encontravam na China, coordenada e executada pelas Forças Armadas", informou a pasta, ao Estado. "Até o momento, o ministério não recebeu novas demandas", prossegue a nota da Defesa, que reitera que "cumpre os protocolos internacionais estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde e pelo Ministério da Saúde, respaldando as orientações para famílias, escolas e organizações militares".

A Defesa informa ainda que "a coordenação das ações do governo relativas à situação do Covid-19 está a cargo do Ministério da Saúde, que vem estabelecendo tempestivamente os protocolos e procedimentos a serem adotados em todo o território nacional".

O Centro de Comunicação Social do Exército, por sua vez, diz que, "ciente das peculiaridades do momento", a Força Terrestre "prepara medidas para a prevenção ao coronavírus, utilizando-se da campanha do Ministério da Saúde, a fim de prestar esclarecimentos à família militar". Sobre os militares que regressaram da viagem aos Estados Unidos, onde estava o presidente Jair Bolsonaro, a Força Aérea limitou-se a dizer que "as tripulações das aeronaves que estiveram envolvidas na missão seguem as recomendações emitidas pelo Ministério da Saúde". Mas não esclareceu se os militares estão em quarentena. Até esta sexta, não havia dados de infecção em nenhum deles.

A Marinha, questionada sobre a chegada de embarcações que estavam em missões fora do País, disse que, "no mês de março, não há previsão de regresso de navios provenientes do exterior". Esclareceu ainda que "os militares a bordo dos navios são monitorados por equipes médicas que compõem as respectivas tripulações", acrescentando que a força "segue as orientações e normas do Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)".

Em relação aos alojamentos, disseram que "medidas de profilaxia, higiene e limpeza previstas pelo Ministério da Saúde e Anvisa" estão sendo adotadas nos alojamentos para evitar proliferação do vírus.

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