O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro se pronunciou na noite da sexta-feira, 12, sobre o grupo que invadiu o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari (zona norte do Rio), unidade de referência no tratamento de coronavírus. Segundo ele, é preciso repudiar e não incentivar 'a violência e atos tresloucados que colocam outros em risco'.
"É necessário que as pessoas pensem e reflitam sobre suas ações. Compreende-se a dor de uma família que perde um ente querido, mas precisamos repudiar a violência e atos tresloucados que colocam outros em risco. Esse comportamento não pode ser incentivado", tuitou o ex-ministro.
O tumulto no Ronaldo Gazolla foi causado por familiares de uma mulher de 56 anos que estava internada e morreu vítima de covid-19. A reação ocorreu logo após serem informados sobre a morte da mulher.
No dia anterior à invasão no hospital do Rio, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sugeriu que seus seguidores entrassem em hospitais públicos para filmar os leitos de UTI e mostrar se eles estão realmente ocupados. Em transmissão ao vivo no Facebook, o mandatário afirmou que há "ganho político" em aumento do número de mortes e que ninguém no País perdeu a vida por falta de respirador ou leito.
"Pode ser que eu esteja equivocado, mas na totalidade ou em grande parte ninguém perdeu a vida por falta de respirador ou leito de UTI. Pode ser que tenha acontecido um caso ou outro. Seria bom você, na ponta da linha, tem um hospital de campanha aí perto de você, um hospital público, arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente tá fazendo isso, mas mais gente tem que fazer para mostrar se os leitos estão ocupados ou não, se os gastos são compatíveis ou não", afirmou Bolsonaro na live.
No início do mês, um grupo de cinco deputados estaduais de São Paulo também foram responsáveis por uma invasão, no Hospital de Campanha do Anhembi, na zona norte da cidade. Os parlamentares alegaram que iriam fazer uma vistoria no local, que recebe pacientes de baixa e média complexidade infectados pelo coronavírus.
A entrada do grupo feita mediante empurrões e gritos entre os parlamentares, seus assessores e funcionários do hospital. Os deputados postaram essas cenas em suas redes sociais.
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