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Ausência de dedo ajudou a identificar homem desaparecido desde 2013

Ausência de dedo ajudou a identificar homem desaparecido desde 2013

Esse foi o primeiro caso do Programa Conecta da Polícia Científica de Santa Catarina a ser resolvido sem processamento de material genético

Publicado em 2 de fevereiro de 2025 às 10:03

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A ausência de parte de um dedo ajudou a Polícia Científica de Santa Catarina a identificar, em janeiro deste ano, corpo de homem desaparecido em 2013. O cadáver foi encontrado em estado avançado de decomposição em maio 2013. Como não tinha identificação e não foi reclamado por familiares, o enterro ocorreu três meses depois.

Uma nova análise começou em setembro de 2024 durante a Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, do Ministério da Justiça. A família de R.T.— então dado apenas como desaparecido — foi entrevistada com coleta de material genético, informações sobre as características física e odontológica bem como as condições do sumiço.

Em paralelo, a Polícia Científica em Chapecó revisou casos antigos. Ao analisar o histórico de cadáveres não identificados que foram sepultados, a entidade constatou registros compatíveis com desaparecimentos no período e local apontados nos relatos, o que levantou a hipótese de que o corpo encontrado há mais de dez anos era o homem desaparecido.

Foi feita a exumação do corpo, que passou por análise no Setor de Antropologia Forense e Odontologia Legal da Polícia Científica em Florianópolis, onde os peritos confirmaram a identidade da vítima. Informações como a amputação no dedo indicador direito, fraturas antigas, deformação no braço e tratamentos odontológicos atestaram que o corpo era de R.T.

Exumação de corpo a pedido da Polícia Científica de Santa Catarina
Exumação de corpo a pedido da Polícia Científica de Santa Catarina. (Divulgação | PCSC)

Esse foi o primeiro caso do Programa Conecta da Polícia Científica de SC a ser resolvido sem processamento de material genético. O programa tem o objetivo de localizar pessoas desaparecidas e identificar corpos de identidade indeterminada com uso tecnologia avançada, integrando bancos de dados genéticos, biométricos, odontológicos e antropológicos.

"Essa identificação é mais um exemplo da importância da participação de familiares de pessoas desaparecidas no Programa Conecta, permitindo que unamos as informações fornecidas pelos familiares com os conhecimentos das ciências forenses para a resolução de casos que, por anos, permanecem sem respostas", disse Patrícia Monteiro, perita criminal responsável pelo Programa Conecta.

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