Três meses depois de ser preso como o responsável por dar uma facada no presidente eleito Jair Bolsonaro, Adélio Bispo de Oliveira foi examinado por dois psiquiatras que analisaram a sanidade mental. A perícia foi realizada nesta segunda-feira (03) por médicos selecionados pela Justiça Federal de Juiz de Fora (MG) no presídio federal de Campo Grande, onde Adélio está preso.
O juiz Bruno Savino, que conduz o caso na 3ª Vara da Justiça Federal de Juiz de Fora, concedeu 10 dias para que os psiquiatras apresentem o resultado do exame. A defesa acredita que Adélio pode ter sua pena reduzida em até dois terços caso os médicos atestem que ele é parcialmente incapacitado de discernir o que é certo e o que é errado.
Caso isso aconteça, o juiz deve reconhecer a semi-imputabilidade do réu e reduzir sua pena. Se os peritos avaliarem que Adélio não sofre de distúrbios mentais, ele pode cumprir até 20 anos de prisão. Caso seja considerado totalmente incapacidade, ele pode ser transferido para uma uma instituição para tratamento psiquiátrico.
"Acredito que algo deve contar nesse exame, porque para mim foge da normalidade uma pessoa cometer um ato desses e dizer que agiu em nome de Deus", disse Zanone Manuel de Oliveira Júnior, um dos advogados de Adélio.
No início de outubro, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou o autor da facada em Boslonaro com base no artigo 20 da lei de Segurança Nacional pela prática de "atentado pessoal por inconformismo político". A denúncia foi encaminhada para a 3ª Vara Federal de Juiz de Fora. Desde que a defesa pediu para que Adélio passasse por uma perícia médica para avaliar sua saúde mental o processo está suspenso na Justiça. A acusação pode resultar em uma condenação de 20 anos. Adélio também foi indiciado pela Polícia Federal, que também o enquadrou na lei de Segurança Nacional.
Em 6 de outubro o então candidato à presidência Jair Boslonaro levou uma facada no abdômen enquanto participava de uma ação de sua campanha em Juiz de Fora. Adélio Bispo foi identificado no mesmo dia como o autor do atentado e desde então está preso.
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