Após deixar gerar uma crise dentro do PSL ao atacar a cúpula da legenda, o presidente da República Jair Bolsonaro baixou o tom, na noite desta quarta-feira (09), e disse que "por enquanto" fica no PSL. Em entrevista coletiva, ele comparou a crise partidária a "briga de marido e mulher".
"Por enquanto, eu continuo. Não tem crise. Briga de marido e mulher, de vez em quando acontece. Tudo bem. O problema não é meu, o pessoal quer um partido diferente, atuante. Este partido está estagnado. Não tem crise, não tem o que alimentar. Não tem confusão nenhuma", minimizou o presidente ao deixar o Palácio do Planalto.
Pouco depois da rápida entrevista, o porta-voz de Bolsonaro, Otávio Rêgo Barros, afirmou que o chefe do Poder Executivo "não pretende deixar o PSL de livre e espontânea vontade".
No dia anterior, Bolsonaro havia recomendado a um apoiador "esquecer" o partido e dito que o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, está "queimado para caramba".
Em reunião com deputados e advogados nesta quarta, Jair Bolsonaro disse estar decidido a deixar o PSL, mas que busca uma saída jurídica para o desembarque.
Na bancada do partido, alguns nomes dispostos a seguir o presidente para outra sigla são os deputados Carla Zambelli (SP), Eduardo Bolsonaro (SP), Hélio Negão (RJ) e Bibo Nunes (RS), e o senador Flávio Bolsonaro (RJ).
Advogados estão construindo uma forma para que os recursos do fundo partidário sejam transferidos para a futura sigla à qual o presidente e seus aliados pretendem se filiar.
Em 2020, o PSL pode receber até R$ 500 milhões de dinheiro público, caso o fundo eleitoral seja turbinado. O valor da verba será definido pelo Congresso até o final deste ano. Há pressão para que a cifra chegue a R$ 3,7 bilhões para todos os partidos em 2018 foi de R$ 1,7 bilhão. (Com agências)
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