O Jornal Nacional exibiu, na noite desta sexta-feira (24), mensagens de WhatsApp fornecidas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro como provas das acusações que fez ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em uma delas, Bolsonaro reforça pedido para a troca de comando na PF para evitar investigações contra aliados.
Em outra, uma deputada bolsonarista pede para Moro aceitar a interferência em troca de uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) e ele responde: "Não estou à venda".
Moro disse, em pronunciamento, que Bolsonaro tenta interferir no trabalho da Polícia Federal. Em uma das mensagens, o presidente comenta uma reportagem publicada pelo site "O Antagonista", "PF na cola de 10 a 12 deputados bolsonaristas". "Mais um motivo para trocar", escreveu Bolsonaro. A menção era à troca do comando da Polícia Federal.
Moro, na conversa, explica que trata-se de um inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e que decisões cabem apenas ao relator, ministro Alexandre de Moraes.
Outra conversa é com a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP). A parlamentar, bolsonarista, pede para Moro aceitar o nome que o presidente queria à frente da PF, o atual diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.
"Por favor, ministro, aceite o Ramage (sic) e vá em setembro para o STF", escreveu Carla. Na verdade, a ida só seria possível em novembro, quando o ministro Celso de Mello se aposenta.
Moro responde: "Não estou à venda".
Em pronunciamento nesta sexta, Bolsonaro disse que Moro disse aceitar a troca na PF se fosse indicado ao STF. Moro negou, no Twittr, a acusação.
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