O presidente Jair Bolsonaro confirmou nas redes sociais nesta quinta-feira (05), a nomeação de Bruno Bianco para comandar a Advocacia-Geral da União (AGU). A escolha já havia sido comunicada mais cedo a ministros, segundo apurou o Broadcast. Ele sucederá André Mendonça, indicado pelo presidente para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF).
Bianco esteve hoje pela manhã no Palácio do Planalto, onde se reuniu com Bolsonaro para acertar as mudanças. O encontro não consta na agenda oficial.
Atualmente, ele é secretário executivo do recém-criado Ministério do Trabalho e Previdência, comandado por Onyx Lorenzoni. A expectativa era que Bianco conduzisse a transição da nova pasta, que foi desmembrada recentemente do Ministério da Economia.
Com a saída de Bianco, segundo apurou o Broadcast, o atual secretário de Trabalho, Bruno Dalcolmo, pode assumir o posto número 2 do Ministério e dar continuidade à transição.
Bianco tem 39 anos e é procurador federal da Advocacia-Geral da União (AGU). Ele já atuou como assessor na Casa Civil, onde ajudou a formular a reforma da Previdência no governo Michel Temer, e foi secretário especial de Previdência e Trabalho no governo Jair Bolsonaro.
O futuro titular da AGU se graduou em Direito em 2005, fez duas especializações e, já focado em Previdência, concluiu o mestrado em 2017.
Antes mesmo de um comunicado oficial do governo, a Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais (Anafe) divulgou nota saudando a escolha de Bianco. "O posicionamento se deve não apenas ao fato de que a nomeação irá recair, mais uma vez, sobre um advogado público federal, mas, sobretudo, porque irá se tratar da primeira indicação de um membro da carreira de procurador federal, a mais numerosa das quatro carreiras de advogados públicos da Advocacia-Geral da União", destacou a entidade.
A associação realizou recentemente uma enquete entre seus filiados para a elaboração de lista de nomes para a sucessão de Mendonça na AGU, e Bianco esteve entre os mais votados da carreira de procurador federal. No entanto, os quatro nomes indicados ao Planalto pela Anafe foram os do advogado da União Ricardo Wey Rodrigues, do procurador da Fazenda Nacional, Aldemario Araujo Castro, do procurador do Banco Central e presidente da associação, Lademir Gomes da Rocha, e do procurador federal Marcelo de Siqueira Freitas.
Para a entidade, um dos maiores desafios que Bianco terá à frente da AGU será promover a integração de todos os advogados públicos federais na estrutura organizacional do órgão, atualizando a Lei Orgânica da AGU, promulgada em 1993. "No contexto atual, marcado por reformas regressivas, esse desafio consiste em realizar o projeto constitucional que erigiu a advocacia pública em função essencial à justiça e, portanto, atividade típica de Estado, com vistas à adequada e eficaz proteção do interesse público", acrescentou a Anafe.
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