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Bolsonaro defende privatização da Eletrobras para sistema não colapsar

Bolsonaro defende privatização da Eletrobras para sistema não colapsar

Presidente sancionou projeto que converte em lei a MP que permite a venda da empresa. Este é primeiro projeto de privatização aprovado na gestão de Jair Bolsonaro. Até o momento, nenhuma estatal de controle direto da União foi vendida

Publicado em 13 de julho de 2021 às 19:16

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Fachada da empresa Eletrobras, no centro do Rio de Janeiro
Fachada da empresa Eletrobras, no Centro do Rio de Janeiro. (WILTON JUNIOR/ESTADÃO)
Gustavo Côrtes e Marlla Sabino

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que a privatização da Eletrobras vai devolver capacidade de investimento ao setor elétrico e evitar colapsos do sistema de energia do país. "A nossa capacidade de investimento vem diminuindo e o sistema não pode colapsar, por isso, a privatização", disse o presidente.

A sanção da Medida Provisória (MP), que passou a ser lei definitiva, foi publicada na edição desta terça-feira (13), do Diário Oficial da União com 14 vetos. A votação da matéria foi concluída pelo Congresso em 21 de junho passado, a um dia do prazo, e representou uma vitória para o governo, já que foi o primeiro projeto de privatização aprovado na gestão de Jair Bolsonaro. Até o momento, nenhuma estatal de controle direto da União foi vendida.

A versão final do texto não agradou entidades do setor elétrico, que afirmam que os "jabutis"- textos estranhos à proposta original - incluídos pelos deputados e senadores vão aumentar o custo da energia em R$ 84 bilhões nas próximas décadas. O governo, por outro lado, afirma que a privatização pode reduzir em até 7,36% a conta de luz.

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Os pontos mais questionados durante a tramitação da matéria, como a obrigação de o governo contratar 8 mil megawatts (MW) em térmicas a gás, mesmo em locais sem reserva e infraestrutura, a criação de reserva de mercado para pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e a renovação dos contratos de usinas do Proinfa foram mantidos. A manutenção já era prevista, já que o trecho foi modificado de tal forma que ficou impossível vetá-lo sem colocar a capitalização em risco.

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