BRASÍLIA - A defesa de Jair Bolsonaro (PL) entregou nesta terça-feira (4) em uma agência da Caixa Econômica Federal em Brasília o terceiro kit de joias recebido da Arábia Saudita. A providência atende a uma determinação do TCU (Tribunal de Contas da União).
Composto por um relógio da marca Rolex, abotoaduras, um anel em ouro branco, uma caneta da marca Chopard e um tipo de rosário, esse estojo é similar ao que foi entregue pelos advogados do ex-mandatário no dia 24 de março.
Bolsonaro recebeu o estojo quando visitou a Arábia Saudita em outubro de 2019. O pacote passou a compor seu acervo privado no mês seguinte.
Ex-secretário de Comunicação da gestão passada, Fabio Wajngarten afirmou, em uma rede social, que a "entrega reitera o compromisso da defesa do presidente Bolsonaro de devolver todos os presentes que o TCU solicitar, cumprindo a orientação do ex-mandatário do país, que sempre respeitou a legislação em vigor sobre o assunto".
Além desse estojo de presentes, outros dois foram enviados por sauditas em outubro de 2021 por intermédio de uma comitiva do Ministério de Minas e Energia chefiada pelo então titular da pasta, Bento Albuquerque, que esteve naquele país.
Um conjunto de joias, supostamente destinado à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, foi apreendido no aeroporto internacional de Guarulhos (SP). Os artigos de luxo estavam com um dos assessores de Bento Albuquerque, que tentou ingressar no país sem declará-los à Receita Federal.
O outro kit não foi interceptado pela Receita. Estava na bagagem do ex-ministro, como ele admitiu em depoimento à Polícia Federal, e ficou sob a guarda do ministério por um ano até ser entregue, em novembro de 2022, à Presidência, para compor o acervo de Bolsonaro.
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