O presidente Jair Bolsonaro disse em evento na manhã desta segunda-feira (22) que seu governo ainda terá um ministro oriundo da Polícia Federal e que não vai demorar muito.
O presidente é investigado por suposta interferência na corporação para blindar amigos e filhos em inquérito aberto após acusações feitas pelo ex-ministro Sergio Moro.
Alguns presentes no evento interpretaram a declaração como uma brincadeira de Bolsonaro para agradar a polícia. Outros ainda disseram ter sido um afago a Alexandre Ramagem, diretor-geral da Abin, que estava na cerimônia.
O delegado teve a nomeação para o comando da PF suspensa pelo Supremo Tribunal Federal em abril.
Nas últimas semanas, o presidente voltou a falar sobre a possibilidade de separar o Ministério da Justiça e recriar a pasta de Segurança Pública.
Nos bastidores, circulam os nomes de Ramagem e de Anderson Torres, que também é delegado da Polícia Federal, atual secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
Auxiliares do presidente dizem, no entanto, que a discussão sobre o tema deve ocorrer apenas no fim do ano.
O evento desta manhã foi parte da programação da Semana Nacional de Políticas sobre Drogas e ocorreu no COT (Comando de Operações Táticas) da PF, em Brasília, sem a presença da imprensa.
Bolsonaro também fez elogios ao ministro André Mendonça (Justiça).
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