O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (10) que o coronel da reserva Paulo Jorge de Nápolis é cotado para assumir o comando da embaixada do Brasil em Israel.
Na semana passada, a Folha de S.Paulo noticiou que o presidente decidiu indicar o militar, que trabalha na empresa aeroespacial IAI (Israel Aerospace Industries), para a representação diplomática.
Na saída do Palácio do Alvorada, onde parou para conversar com um grupo de eleitores, o presidente avaliou como natural fazer uma troca neste momento, uma vez que o diplomata Paulo César Meira de Vasconcellos assumiu a função em 2017.
"A ideia é trocar, não quer dizer que seja aquele coronel. Existe a intenção de trocar, o que é natural. É natural trocar", disse. "O coronel está no radar, não quer dizer que seja ele. Ele foi adido militar por três anos lá", acrescentou.
Entre 2013 e 2015, o coronel foi adido militar na embaixada brasileira em Tel Aviv.
Na função, que o Brasil mantém em cerca de 50 países, ele foi responsável pela interlocução entre os canais diplomáticos brasileiros e israelenses na área de defesa.
Depois de voltar ao Brasil, ele serviu como oficial de ligação entre os adidos militares no exterior, os 40 adidos estrangeiros baseados em Brasília e o Estado-Maior do Exército.
Antes, havia sido comandante do centro de instrução de operações especiais da Força. O coronel é formado na turma de 1987 da Academia Militar das Agulhas Negras.
Não há tradição no Brasil, como nos Estados Unidos, de enviar empresários para representar o país no exterior.
No passado, políticos importantes sem cargo público eram frequentadores da representação em Lisboa, e a posição na Agência Internacional de Energia Nuclear, em Viena, foi ocupada por um físico especializado no tema.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta