Em novo embate com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente da República, Jair Bolsonaro, atacou a aliança formada de 11 partidos pelo deputado para eleger Baleia Rossi (MDB-SP) como seu sucessor na Câmara. Apesar de já ter dito que não se envolveria na eleição no Legislativo, Bolsonaro criticou o fato de Maia ter se aliado ao PT para derrotar Arthur Lira (Progressistas-AL), candidato do Palácio do Planalto na disputa.
Em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada na manhã desta sexta-feira, 8, Bolsonaro lembrou que Maia foi favorável ao impeachment da ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT) e que no passado condenou a atuação do partido.
"Quando o Rodrigo Maia votou pela cassação da Dilma, deu um voto criticando o PT, que perseguiu o pai dele (César Maia) que era prefeito no Rio. E deu um voto firme, objetivo, e apontando que o PT era a maior desgraça do mundo. Hoje, está junto com o PT nas eleições da presidência da Câmara", afirmou Bolsonaro.
Em seguida, o chefe do Executivo sugeriu, com ironia, que Maia e o PT se assemelham. "Pelo poder, água e óleo não se misturam. Se bem que aí eu acho que não é água e óleo, não, são duas coisas muito parecidas", completou.
Além de DEM e PT, o bloco de apoio a Baleia conta ainda com MDB, PSB, PSDB, PSL, PDT, Cidadania, PV, PT, PCdoB e Rede, com 281 deputados. Parte dos membros do PSL, contudo, declarou apoio a Lira. O líder do Centrão afirma ter o apoio de dez siglas: PP, PL, PSD, Republicanos, Solidariedade, Patriota, Avante, Pros, PTB e PSC, no total 193 parlamentares.
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