O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a colocar em xeque a credibilidade das urnas eletrônicas, mesmo sem apresentar indícios de fraudes no processo eleitoral. A apoiadores que o aguardavam em frente ao Palácio da Alvorada, nesta terça-feira (8), Bolsonaro disse que "não acredita nada" no sistema de contabilização de votos. "Perguntam: 'como você ganhou e reclama?' Eu tive muito voto", justificou o presidente, que defende um sistema que permita a impressão dos votos.
A proposta de emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, uma das principais bandeiras do bolsonarismo, deve avançar com amplo apoio na comissão especial sobre o tema instalada na Câmara dos Deputados – inclusive com apoio de setores da oposição. Dos 34 parlamentares do colegiado, 21 são favoráveis à mudança. A proposta precisa de 17 votos para avançar.
Em 2020, Bolsonaro afirmou ter provas de fraudes nas eleições presidenciais de 2018, quando saiu vitorioso. Até o momento, contudo, o presidente não mostrou qualquer evidência do fato.
Bolsonaro ainda voltou a dizer que vetaria um eventual aumento da taxa de energia solar, caso o projeto que revisa normas para a geração distribuída seja aprovado no Congresso. "Eu não mando no Parlamento, tenho dois votos lá dentro", disse o líder do Palácio do Planalto a um apoiador, reforçando, contudo, que o Executivo barraria a medida.
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