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Bolsonaro diz que notícia boa para mulher é beijinho e presente

Bolsonaro diz que notícia boa para mulher é beijinho e presente

Presidente fez comentário em sua transmissão semanal antes de falar sobre queda na taxa de feminicídio

Publicado em 1 de setembro de 2022 às 20:58

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  • Marianna Holanda

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quinta-feira (1º), em tom de brincadeira, que notícia boa para mulher é "beijinho, rosa, presente, férias". A piada machista foi feita durante sua transmissão semanal nas redes sociais.

"Isso que vocês gostam, né? Eu também gosto", disse a interlocutoras, durante a live.

Jair Bolsonaro
Bolsonaro durante live realizada na noite de quinta-feira (1º). (Jair Bolsonaro / YouTube / Reprodução)

O comentário foi feito antes de dizer que a taxa de feminicídio caiu, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em junho.

O levantamento mostra que a queda foi de 1,7% entre 2020 e 2021.

Bolsonaro coleciona declarações machistas desde que era deputado e disse que não estupraria Maria do Rosário (PT-RS) porque ela "não merecia".

A postura do mandatário se tornou um problema à campanha de reeleição. As eleitoras são um dos segmentos que mais rejeitam Bolsonaro.

Reduzir a resistência delas tem sido um dos principais objetivos da campanha. O presidente vem buscando fazer gestos, e Michelle Bolsonaro tem intensificado participação em eventos ao lado do marido e em programa eleitoral.

No debate realizado no domingo (28) entre presidenciáveis, Bolsonaro foi criticado por atacar a jornalista Vera Magalhães e dizer que ela "dorme pensando" nele e que teria uma "paixão" por ele. Também disse que Simone Tebet (MDB) era "uma vergonha".

Foi o pior momento do debate, segundo aliados. Eles minimizaram, contudo, o efeito eleitoral do debate, que consideraram positivo. Para eles, as mulheres mais pobres, parcela do voto feminino que Bolsonaro precisa atrair, não assistiram ao debate e estão mais preocupadas com questões econômicas.

O entorno do presidente lamentou ainda que ele não tenha explorado com intensidade respostas que destacariam melhoras na economia, como redução do desemprego.

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