Após a polêmica reunião ministerial do dia 22 de abril, divulgada por ordem judicial, o presidente Jair Bolsonaro realiza novo encontro nesta terça-feira (08) no Palácio da Alvorada, para tentar melhorar a imagem e mostrar as ações do governo relacionadas ao novo coronavírus. Desta vez, no entanto, o encontro foi televisionado, transmitido ao vivo pela TV Brasil.
No início da reunião, o presidente citou a resposta de uma integrante da Organização Mundial da Saúde (OMS) que afirmou, na segunda-feira, que os pacientes assintomáticos do novo coronavírus não estão impulsionando a disseminação da covid-19. Segundo ela, esses casos são raros. Esse dado, no entanto, ainda não é conclusivo.
Para Bolsonaro, que é abertamente contrário ao isolamento social, se o entendimento for comprovado, poderá sinalizar uma "abertura mais rápida do comércio e a extinção de medidas restritivas". O Brasil atualmente tem mais de 37 mil mortes e 700 mil casos da doença.
"Esse pânico que foi pregado lá atrás por parte da grande mídia começa talvez a se dissipar levando em conta o que a OMS falou por parte do contágio dos assintomáticos", declarou o presidente.
O presidente também afirmou que o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, vai esclarecer, em comissão da Câmara, tudo o que foi falado nos últimos dias sobre a recontagem dos dados atualizados do novo coronavírus no Brasil.
"A gente torce, pede a Deus, que o mais breve possível tenhamos um ponto final nessa questão. Mais uma vez lamentamos profundamente pela vida de todos os que nos deixaram."
"O governo federal espera algo de concreto nas próximas horas, nos próximos dias, o que será muito bom para o Brasil e o mundo. A OMS falará com certeza sobre as suas posições adotadas nos últimos meses, o que levou a muita gente segui-la de forma cega", disse.
Bolsonaro admitiu novamente que não há comprovação científica sobre o uso da hidroxicloroquina para o combate à covid-19, mas voltou a defender o uso do medicamento com base em relatos que disse ter ouvido de "pessoas infectadas e de médicos".
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