O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou uma carta ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, pedindo ajuda para "antecipar" a entrega ao Brasil de um lote de dois milhões de vacinas produzidas pelo laboratório indiano Serum Institute.
A vacina é uma das principais apostas do governo brasileiro para começar, ainda em janeiro, o programa de imunização no Brasil. O imunizante é produzido pelo laboratório indiano, mas foi desenvolvido pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca.
Desde o início da semana, Bolsonaro já cogitava pedir ajuda ao governo indiano para que não houvesse empecilhos ou demora na venda das vacinas ao Brasil. O Planalto corre contra o tempo e quer evitar deixar o protagonismo da imunização nas mãos do seu principal inimigo político, no momento, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
Doria anunciou que a primeira fase da campanha de vacinação no Estado de São Paulo acontece a partir do dia 25 de janeiro. A Coronavac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, tem 78% de eficácia de testes no Brasil.
Na carta, enviada nesta sexta-feira, 8, o presidente Bolsonaro, ressalta que, para "possibilitar a imediata implementação do nosso Programa Nacional de Imunização, muito apreciaria poder contar com os bons ofícios de Vossa Excelência para antecipar o fornecimento ao Brasil, com a possível urgência e sem prejudicar o programa indiano de vacinação, de 2 milhões de doses do imunizante".
Lembra ainda que entre as vacinas selecionadas pelo governo brasileiro para imunizar sua população "encontram-se aquelas da empresa indiana Bharat Biotech International Limited (COVAXIN) e da AstraZeneca junto à Universidade de Oxford (COVISHIELD), também produzida pelo Serum Institute of India".
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