Após participar da cerimônia que antecedeu o embarque da missão brasileira de ajuda humanitária ao Líbano, o presidente Jair Bolsonaro fez exames na manhã desta quarta-feira (12), no Hospital NovaStar em São Paulo. Recuperado da covid-19 há duas semanas, o presidente foi avaliado por um cirurgião geral, cardiologista e dois infectologistas.
De acordo com o médico Antonio Luiz Macedo, cirurgião que o acompanha desde a facada sofrida em 2018, o presidente está em ótimo estado de saúde. "O presidente não tem nada de doença. Fez todos os exames. Estão todos normais", disse Macedo ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Bolsonaro ainda foi avaliado pelo cardiologista Leandro Echenique e os infectologistas Esper Kallas e Maria Luísa Moura.
Em boletim divulgado pelo hospital Vila Nova Star, consta que Bolsonaro "passou por avaliação da equipe médica multiprofissional, está assintomático com exames laboratoriais e de imagem normais". "Encontra-se liberado para manter suas atividades habituais", diz o texto assinado pelos médicos José Jair J. Arruda Pinto e Antônio Antonietto.
Bolsonaro testou positivo para a covid-19 no dia 7 de julho e permaneceu em isolamento por cerca de 20 dias. Desde o final do mês passado, o presidente retomou as agendas presidenciais e viagens pelo País.
Em 30 de julho, Bolsonaro relatou que estava tomando antibiótico em decorrência de uma infecção que o acometeu após contrair a covid-19. Na época, ele afirmou estar com fraqueza e um "mofo no pulmão".
Nesta quarta, ele fez uma tomografia no pulmão e mostrou que não há infecção, segundo relatou um outro integrante da equipe médica. Bolsonaro deixou o hospital sem a indicação de nenhum medicamento.
Ao ser diagnosticado com a covid-19, o presidente relatou fazer uso da cloroquina, remédio sem comprovação científica para o tratamento do coronavírus e com riscos para a saúde. Desde o início da pandemia, ele defende o uso desde os primeiros sintomas. Bolsonaro também passou por exames cardiológicos. Estudos apontam que o uso da cloroquina pode aumentar a arritmia cardíaca.
Desde o final de 2018, Bolsonaro passou por quatro cirurgias em decorrência da facada. A primeira foi feita ainda na Santa Casa de Juiz de Fora, logo após ser atingido por Adélio Bispo em ato de campanha em 6 de setembro de 2018. Depois, o então candidato foi transferido para o Hospital Albert Einstein e passou a se acompanhado por Antonio Luiz Macedo e o cardiologista Leandro Echenique.
A última cirurgia foi realizada em setembro do ano passado para a retirada de uma hérnia. Nesta quarta, o presidente fez novas avaliações na região do abdômen.
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