O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizou nesta terça-feira (17) o seu segundo teste para verificar se contraiu ou não o novo coronavírus. Por volta das 8 horas da manhã, uma van do Hospital das Forças Armadas chegou ao Palácio da Alvorada.
A informação foi confirmada pelo ministro da Segurança Institucional, Augusto Heleno. O resultado pode sair ainda nesta terça, segundo o ministro.
O primeiro teste de Bolsonaro foi realizado na quinta-feira (12), após a informação de que o chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social), Fabio Wajngarten, é portador do Covid-19. O auxiliar do mandatário fez parte da comitiva que entre 7 e 10 de março viajou à Flórida (EUA), quando Bolsonaro se encontrou com o presidente Donald Trump.
Além de Wajngarten, outros integrantes da missão oficial, como o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), o diplomata Nestor Forster e o secretário de comércio exterior do ministério da Economia, Marcos Troyjo, também testaram positivo para o vírus.
O resultado do primeiro exame de Bolsonaro deu negativo. No entanto, seguindo o protocolo da Operação Regresso (que trouxe 34 brasileiros que estavam em Wuhan, na China), Bolsonaro deve realizar outras duas análises em 14 dias -para respeitar o período de incubação do vírus.
Na segunda (16), em entrevista à rádio Bandeirantes, Bolsonaro disse que faria o segundo teste nesta terça.
Na primeira vez que o mandatário fez a análise, na semana passada, o resultado só foi divulgado no dia seguinte.
Segundo teste que vou fazer. Eu digo para você: até o momento, se eu tiver com o vírus aqui, não estou sentindo absolutamente nada, tudo normal", afirmou na entrevista.
Outros ministros e auxiliares do presidente estão realizando nesta terça exames do coronavírus, entre eles os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Augusto Heleno (Segurança Institucional) e Ernesto Araújo (Relações Institucionais).
O presidente tem sido criticado por governadores e por parlamentares por ter minimizado, em diferentes ocasiões, os impactos do novo coronavírus.
As queixas foram reforçadas após Bolsonaro incentivar e participar, no domingo (15), de manifestações de rua pró-governo e contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).
A ida do presidente aos protestos contrariou orientação do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Também contrariou apelo do próprio Bolsonaro, que numa live na última quinta pediu que os atos fossem adiados e citou o maior risco de contaminação em áreas com aglomeração.
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