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Bolsonaro faz piada com cratera e diz ter visto "transposição do Tietê"

Bolsonaro faz piada com cratera e diz ter visto "transposição do Tietê"

Presidente zombou do acidente em obra do metrô de São Paulo. Cratera aberta na marginal virou arma contra a campanha do governador João Doria (PSDB) ao Palácio do Planalto

Publicado em 2 de fevereiro de 2022 às 17:37- Atualizado há 3 anos

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez piada, nesta quarta-feira (2), com a cratera que se abriu no asfalto na marginal Tietê, em São Paulo, na manhã de terça (1°).

Parte do asfalto da pista local da marginal, entre as pontes do Piqueri e da Freguesia do Ó, cedeu após o rompimento de uma tubulação de esgoto, que inundou um poço de ventilação da obra da linha 6-laranja do metrô.

São Paulo
Parte da obra do metrô que passa abaixo da marginal do Rio Tietê desmoronou em São Paulo. (Reprodução/TV Globo)

O rompimento ocorreu quando o tatuzão, equipamento responsável pela escavação dos túneis do metrô, passava cerca de três metros abaixo. Não houve feridos, e as causas do rompimento estão sendo investigadas.

Em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro zombou do acidente.

"Semana que vem a gente conclui a transposição do [rio] São Francisco. Em São Paulo, eu vi a transposição do Tietê", disse, rindo, o presidente.

A fala do mandatário foi transmitida por um site bolsonarista.

A cratera aberta na marginal virou arma contra a campanha do governador João Doria (PSDB) ao Palácio do Planalto. O pré-candidato tucano é adversário político de Bolsonaro.

A linha para ligar a Brasilândia, na zona norte, à Liberdade, no centro, foi retomada por Doria após quatro anos de paralisação. Trata-se de uma das principais apostas de vitrines eleitorais do tucano.

Além do mais, a declaração de Bolsonaro, que exalta o trabalho de sua gestão na transposição do São Francisco, é enganosa.

A obra ocorre desde o segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e atravessou os governos Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), seguindo na gestão Bolsonaro.

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Temer, em 2017, inaugurou o começo do Eixo Leste. Em 2020, Bolsonaro deu início ao funcionamento de uma parte do Eixo Norte. Quando Bolsonaro assumiu, a execução física já estava acima de 90%, como mostra verificação do projeto Comprova de checagem de fatos.

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