SÃO PAULO - A cantora Anitta, 29 anos, foi uma das celebridades que comentaram a entrevista do presidente Jair Bolsonaro (PL) concedida ao Jornal Nacional, da TV Globo, na noite de segunda-feira (22). De início, ela compartilhou uma foto da mão do político, que tinha escrito as palavras "Nicarágua", "Argentina", "Colômbia" e "Dário Messer", como uma espécie de "cola".
Pouco tempo após o tuíte da cantora, o presidente compartilhou um print da publicação - que acumula 800 mil curtidas - em seu perfil do Instagram e escreveu: "Obrigado, Anitta. Se possível, pesquisem sobre os temas".
Depois disso, a cantora apagou o primeiro tuíte e compartilhou uma montagem. "Traduzindo o que tava escrito porque tava meio ilegível", escreveu ela na legenda do tuíte.
Na montagem estava escrito: "Mentir", "Roubar obra do Lula", "Defender corrupto no MEC [Ministério da Educação]" e "Negar desmatamento". O tuíte já tem mais de 193 mil curtidas.
Em seguida, ela compartilhou outra montagem da mão do político. A foto era de Alessandro Molon, candidato ao cargo de deputado federal, e tinha escrito "Lula 13, Molon 400". "Cola aí", disse o político na legenda. "Eu colando no dia de votar", completou Anitta.
Após a entrevista, o candidato à reeleição, fez algumas publicações em seu perfil do Instagram. Em uma delas, ele aparece ao lado de uma televisão ligada no canal SBT. "Bastidores Rede Globo. Boa noite a todos!", escreveu ele na legenda da publicação. "Curso de deboche", respondeu uma internauta.
Jair Bolsonaro manteve a "cola" escrita à caneta na palma de sua mão esquerda, usada para sabatina do Jornal Nacional, no dia seguinte à entrevista realizada às 20h30.
Ele mostrou as anotações durante discurso em evento de abertura do congresso AçoBrasil desta terça-feira (23), que congrega as empresas brasileiras produtoras de aço. A cerimônia ocorreu em São Paulo (SP)
As palavras escritas na mão são "Nicarágua", "Argentina", "Colômbia" e "Dário Messer". As três primeiras envolvem países com governos de esquerda - Gustavo Petro na Colômbia, Alberto Fernández na Argentina e Daniel Ortega na Nicarágua.
Já Dário Messer repercutiu como o "doleiro dos doleiros", que afirmou ao MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) que fazia repasses à família Marinho. A informação foi publicada pela revista Veja em 2020.
Apesar disso, nenhum desses tópicos foi mencionado por Bolsonaro durante a entrevista, que durou cerca de 40 minutos.
Essa é a terceira vez que Bolsonaro usa colas em suas mãos: nas eleições de 2018, em sua primeira entrevista ao Jornal Nacional, o então candidato escreveu os termos "Deus", "família" e "Brasil". Já no debate da Rede TV!, no mesmo ano, ele anotou as palavras "pesquisa", "armas" e "Lula" na palma da mão.
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