O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (8), que o ministro Jorge Oliveira, da Secretaria-Geral, teve "ampla aceitação" no Tribunal de Contas da União (TCU). Na quarta (7), Bolsonaro anunciou que havia escolhido Oliveira para substituir o ministro José Múcio no TCU.
"Ele trabalha comigo há mais dez anos. Ele vai para o Tribunal de Contas da União. A origem dele é a Polícia Militar do Distrito Federal. Um advogado conhecido em Brasília. Nome que teve ampla aceitação no Tribunal de Contas da União", disse Bolsonaro durante transmissão ao vivo em suas redes sociais.
O chefe do Executivo comentou que caso tivesse indicado Oliveira para uma vaga no Supremo Tribunal Federal teria tido "bronca" também. Na sequência, ele voltou a defender o desembargador Kassio Marques, seu escolhido para assumir a vaga de Celso de Mello no Supremo. O presidente tem feito ampla defesa de Kassio, que tem sido alvo de críticas inclusive das bases de apoio evangélica e militar.
Bolsonaro rebateu críticas e pediu "o mínimo de inteligência" para críticas direcionadas a Kassio Marques. Bolsonaro repetiu que tinha "dez bons nomes" para escolher ao STF , mas precisou fazer uma escolha. "Quem bota dentro do Supremo não sou eu. É o Senado Federal." O mandatário voltou a comentar que o ex-ministro Sergio Moro era o mais cotado para a vaga antes de se demitir do governo.
"Se Moro não tivesse tido problema conosco, hoje estaria o pessoal fazendo uma onda terrível 'Moro no Supremo ou não tem voto em 2022'", disse. O chefe do Executivo também voltou a dizer que não sabe se será candidato à reeleição. "Não sei se vou ser candidato. Se tiver muita coisa acontecendo, se eu estiver bem, a chance de vir candidato à reeleição existe, mas se eu estiver mal estou fora", afirmou.
Bolsonaro respondeu críticas sobre Kassio Marques ser ligado ao PT por ter sido indicado durante o governo de Dilma Rousseff ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Ele comentou que a escolha ocorreu por lista tríplice e aproveitou para comparar que tem assinado listas com nomes de partidos da esquerda para cargos de reitor em universidades públicas.
"Pessoal que me critica, vocês estão perdendo a chance de me bater em mim. Vejam os reitores que estou assinando. Estou indicando caras do PCdoB. Tem faculdade que estou indicando cara do PSOL. Tem universidade que é do PT", ressaltou. A indicação para o cargo de reitor é prerrogativa do presidente da República e ocorre após envio de uma lista com três nomes por cada instituição.
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