O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nomeou nesta sexta-feira (16) o coronel da Polícia Militar do Distrito Federal André de Sousa Costa para chefiar a Secom (Secretaria Especial de Comunicação) da Presidência da República.
André Costa substituirá o almirante Flávio Rocha, que vinha acumulando o comando da Secom e da SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos). Rocha estava de forma interina no cargo desde 11 de março quando Bolsonaro demitiu Fábio Wajngarten.
André Costa é uma indicação de Jorge Oliveira, atualmente no TCU (Tribunal de Contas da União). Quando era ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Oliveira levou Costa para trabalhar no governo como assessor-chefe adjunto no gabinete.
Costa tem ligações também com os filhos do presidente e já trabalhou com o senador Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ). O coronel será subordinado ao ministro das Comunicações, Fábio Faria, e deverá cuidar especialmente da questão de verbas publicitárias do governo.
Bolsonaro decidiu efetivar a troca sob pressão do núcleo ideológico. O almirante Flávio Rocha, que está à frente da estrutura de comunicação há pouco mais de um mês, teve uma conversa na segunda-feira (12) com o presidente e ficou definido que, a partir da semana que vem, não acumularia mais a função.
Nas últimas semanas, assessores palacianos ligados ao núcleo ideológico vinham criticando o fato de o almirante acumular as duas funções. O militar seguirá à frente da SAE.
A defesa era para que o militar abrisse mão da SAE e que a estrutura fosse entregue a um civil, já que o núcleo ideológico perdeu o comando da Secom com a saída de Wajngarten.
Além disso, havia a cobrança para que a Secretaria de Comunicação fosse assumida por um profissional com experiência na área diante da ameaça de uma nova crise política.
Nesta terça-feira (13), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), autorizou a criação da CPI da Covid, cujo objetivo principal é investigar a condução da gestão federal no combate à pandemia do coronavírus.
O principal receio do presidente é de que a comissão parlamentar aumente ainda mais a sua rejeição e colete evidências que permitam a abertura de um processo criminal.
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