BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou um vídeo em que pede para seus apoiadores liberarem rodovias que estão obstruídas em protesto contra a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições do dia 30 de outubro.
O mandatário diz que outras manifestações, em praças e locais públicas, "fazem parte do jogo democrático" e não comenta o teor golpista dos protestos.
O presidente pede para que os apoiadores não "pensem mal" dele por causa do pedido e critica os bloqueios. "Quero fazer um apelo a você: desobstrua as rodovias, isso daí não faz parte, no meu entender, dessas manifestações legítimas. Não vamos perder nós aqui essa nossa legitimidade", afirma.
O chefe do Executivo diz que "está tão chateado e tão triste" quanto seus apoiadores, mas que é preciso ter "a cabeça no lugar".
"Mas tem algo que não é legal: o fechamento de rodovias pelo Brasil prejudica o direito de ir e vir das pessoas, está lá na nossa Constituição e sempre estivemos dentro das quatro linhas", afirma.
Segundo o presidente, as manifestações são espontâneas e afirma que elas são legítimas, desde que as pessoas não tenham seu direito de ir e vir afetado.
"Os protestos, as manifestações, são muito bem-vindas, fazem parte do jogo democrático. E, ao longo dos anos, muito disso foi feito pelo Brasil, na Esplanada, Copacabana, Paulista, entre tantos e tantos outros lugares (...). Outras manifestações vocês estão fazendo pelo Brasil todo, em praças. Faz parte, repito, do jogo democrático. Fiquem à vontade. E deixo claro: vocês estão se manifestando espontaneamente."
E enfatiza: "O pedido é: rodovias. Vamos desobstruí-las para o bem da nossa nação". Bolsonaro ainda destaca que trabalhou em todo seu mandato para reforçar o "amor à pátria" e a "defesa da família": "Não vamos jogar isso fora".
"Vamos fazer o que tem que ser feito, estou com vocês e tenho certeza que vocês estão comigo.", completa.
O vídeo foi publicado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nas redes sociais e, logo depois, foi publicado na página do Youtube do presidente.
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