O presidente Jair Bolsonaro evitou dar declarações à imprensa nesta segunda-feira (18) na saída do Palácio do Alvorada e apenas parou brevemente para cumprimentar os apoiadores que o esperavam na frente da residência oficial. Na ocasião, o mandatário ouviu mensagens de apoio. "Confiamos no senhor, confiamos no Flávio (Bolsonaro), sabemos que o (Paulo) Marinho está só aprontando", disse um apoiador.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o empresário Paulo Marinho revelou que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), um dos filhos do presidente, teve acesso a informações sigilosas sobre investigações da Polícia Federal que tinham como alvo seu então assessor parlamentar Fabrício Queiroz. Flávio Bolsonaro teria recebido o aviso de um delegado da PF antes da Operação Furna da Onça, que teria recomendado ainda que o senador tirasse Queiroz do cargo.
Diante das revelações, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu no domingo para que a Polícia Federal colha depoimento de Marinho sobre a denúncia de vazamento de informações da PF a Flávio.
Bolsonaro não se manifestou sobre a mensagem do apoiador e, em seguida, deixou o local. Apesar de não ter compromissos previstos de manhã na agenda pública desta segunda-feira (18), Bolsonaro chegou ao Planalto por volta das 8h20.
A agenda do presidente prevê reuniões individuais com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e da Cidadania, Onyx Lorenzoni. Além disso, Bolsonaro tem encontro marcado com Marcos Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, que inclui também Waldemar Barroso, presidente da Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep), Floriano Peixoto, presidente dos Correios, e Waldemar Ortunho, presidente da Telebras.
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