O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou nesta quarta-feira (7) que vai indicar o atual titular da AGU (Advocacia-Geral da União), André Mendonça, para a vaga do ministro Marco Aurélio Mello no STF (Supremo Tribunal Federal).
Em entrevista à rádio Guaíba, Bolsonaro disse que ter que honrar seus compromissos. No passado, ele havia prometido indicar alguém "terrivelmente evangélico" para o STF.
"Hoje em dia, é nossa intenção, sim, indicar o senhor André Mendonça para o STF", afirmou Bolsonaro.
O presidente disse que Mendonça tem "um notável saber jurídico" e é um homem "sério, humilde", que "não abre mão das suas convicções".
"É uma pessoa ideal para o Supremo", afirmou.
Bolsonaro disse que, na reunião ministerial de terça-feira (6), Mendonça falou por dez minutos sobre sua possível ida para o STF -além da indicação oficial, ele precisa ser sabatinado e aprovado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e pelo plenário do Senado.
De acordo com Bolsonaro, o titular da AGU disse em seu discurso o que pensava do governo e afirmou também sua convicção religiosa, levando parte dos presentes às lágrimas.
O presidente da República defendeu ainda que, caso Mendonça chegue ao STF, a corte abra sessões com orações.
"Como é bom, se uma vez por semana, nessas sessões que são abertas no Supremo Tribunal Federal, começassem com uma oração do André", afirmou Bolsonaro, para quem "uma pitada de religiosidade, de cristianismo dentro do Supremo, é bem-vinda".
Ao longo da entrevista, Bolsonaro fez uma série de ataques ao ministro do STF Luís Roberto Barroso, que também preside o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O magistrado se tornou alvo de Bolsonaro por ser contra o voto impresso. Nesta quarta, Bolsonaro disse que "este cara não acredita em Deus".
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