O presidente Jair Bolsonaro se reúne com o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta segunda-feira (15) à tarde. A reunião já estava prevista na agenda pública do chefe do Executivo desde a semana passada e ocorre no dia seguinte à confirmação da saída do governo de Mansueto Almeida, secretário do Tesouro Nacional.
Mansueto confirmou no domingo em entrevista ao Broadcast/Estadão que está de saída do governo. O secretário assumiu o cargo em abril de 2018 e é a primeira grande baixa da equipe econômica de Guedes.
Bolsonaro também tem encontro nesta segunda com Abraham Weintraub, ministro da Educação. O ministro foi afetado pela devolução e revogação da medida provisória sobre a escolha temporária de reitores de universidades federais durante a pandemia do coronavírus. Depois de repercussão negativa, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), decidiu devolver o texto do governo, que, pressionado, revogou a MP.
A medida autorizava Weintraub a escolher livremente reitores de universidades federais temporários durante a pandemia da Covid-19. O texto, contudo, foi criticado e considerado antidemocrático por parlamentares.
No domingo, o chefe da pasta da Educação também chamou a atenção por participar de ato pró-governo na Esplanada dos Ministérios, que estava fechada por decisão do governo do Distrito Federal. Weintraub se encontrou com cerca de 15 manifestantes bolsonaristas ignorando a ordem do governo do DF.
O ministro discursou para o grupo em frente ao Ministério da Agricultura. Em vídeos divulgados nas redes sociais, o ministro diz na conversa: "Eu já falei a minha opinião, o que faria com esses vagabundos". Não é possível, contudo, ouvir o restante da fala do ministro, encoberta por causa de aplausos dos manifestantes.
Em reunião ministerial no dia 22 de abril, Weintraub usou o termo "vagabundos" para se referir aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). "Por mim eu botava esses vagabundos todos na cadeia, começando pelo STF", disse ele na ocasião. Weintraub responde a processo por causa da afirmação e, desde então, apoiadores o defendem nas redes socais, com a hashtag #WeintraubTemRazão.
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