O Brasil melhorou de posição na última semana em um ranking da Universidade de Oxford que acompanha as medidas de redução de riscos na contenção à pandemia do novo coronavírus.
No índice que vai de 0 a 100, o Brasil tem 76 pontos, contra 36 na semana passada. A universidade atribui pontos a 11 tipos de medidas: 6 de distanciamento social, 2 de alívio a perdas econômicas, 2 de saúde e 1 de comunicação.
Segundo o coordenador do trabalho, Thomas Hale, o objetivo é comparar o grau de rigor das reações dos países à pandemia, mas sem atribuir valor a cada resultado.
Ou seja, o ranking não considera melhores as reações próximas de 100 ou piores as que não saem do 0. Apenas registra que alguns governos tomaram mais medidas que outros.
"O índice não é capaz de contar toda a história, mas pode ajudar na tomada de decisões de política pública ou a analisar que medidas foram tomadas em cada contexto e por quê", diz Hale, que é professor da Escola de Governo Blavatnik, de Oxford.
Diariamente, a universidade compila iniciativas de suspensão das aulas, fechamento de espaços públicos, cancelamento de eventos, interrupção de transporte público, restrição a movimentação interna e proibição de voos internacionais.
No Brasil, as medidas têm sido tomadas pelos estados. Todos cancelaram aulas e só três mantiveram shoppings e comércio de rua abertos. Em nível nacional, houve restrição à entrada de estrangeiros.
No plano econômico, são levantadas medidas fiscais (investimento público, adiamento ou redução da cobrança de tributos) e monetárias (incentivo ao crédito, por exemplo).
O governo anunciou programas para compensar a perda de renda de trabalhadores e aliviar o caixa de empresas afetadas pela pandemia.
Investimento de emergência no setor de saúde e na pesquisa de vacinas também entram no ranking, assim como campanhas de informação.
Entre países com a mesma faixa de casos confirmados de infecção pelo coronavírus, o Brasil fica em posição intermediária no grau de medidas.
Com 5.923 confirmações até as 17h desta quarta, ele fica abaixo de Israel, que tem índice 100 (o máximo possível) e 6.092 casos, mas acima de Noruega (4.463 casos, índice 45) e Suécia (4.947, índice 29).
Adotam medidas em grau semelhante ao brasileiro tanto países com mais casos (Coreia do Sul, com 9.887 casos e índice 74) como alguns em estágio anterior, como Equador (2.748 casos) e Iraque (694 casos). Os dois últimos têm índice igual ao do Brasil.
omo a ferramenta permite acompanhar todos os dados desde o começo deste ano, é possível ver a evolução das medidas pelo mundo.
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