SÃO PAULO - O primeiro lote de vacinas atualizadas da Covid chegou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, na manhã desta quinta-feira (2). Os imunizantes são da Moderna e foram adquiridos após concorrência com a Pfizer.
Procurado, o Ministério da Saúde afirmou que divulgará a estratégia da campanha de vacinação em breve.
Segundo a Moderna, serão cerca de 40 voos ao longo do mês para trazer as 12,5 milhões de doses adquiridas pelo Ministério da Saúde. Hoje, chegaram ao país 1,25 milhão.
A vacina possui tecnologia para proteger contra a sublinhagem XBB.1.5 do coronavírus, que tem a replicação mais veloz até o momento, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
A primeira disputa de empresas por um contrato de imunizantes atrasou a campanha nacional de vacinação contra a Covid, planejada para acontecer no último mês de abril.
A secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, disse em entrevista anterior ao jornal Folha de S.Paulo que o registro da vacina da Moderna embaralhou a compra, uma vez que antes não havia concorrência -até então só a Pfizer detinha os registros para o modelo que a Saúde buscava.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou em dezembro de 2023 o uso no Brasil da vacina da Pfizer para a variante XBB. Em março, concedeu o mesmo aval para o imunizante da Moderna.
Ainda segundo ela, o ministério começou a preparar uma compra emergencial de vacinas no começo de 2024. As propostas das empresas foram entregues no começo de março.
Em fevereiro, Maciel escreveu no X (ex-Twitter) que a vacina adaptada à variante XBB chegaria ao Brasil no mês seguinte. Em março, a ministra Nísia Trindade prometeu começar a vacinar grupos prioritários em abril.
O imunizante, porém, só foi comprado no dia 19 de abril, e o plano passou a ser abrir a vacinação dos grupos prioritários neste mês de maio.
As doses serão destinadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) e podem ser aplicadas em bebês a partir dos seis meses de vida e crianças com menos de cinco anos.
Além desses grupos, idosos, imunossuprimidos, pessoas com comorbidades ou deficiências permanentes, gestantes e puérperas, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, pessoas privadas de liberdade e trabalhadores da área da saúde também estão inclusos na campanha nacional de vacinação deste ano. O quantitativo comprado pelo ministério, porém, não será suficiente para oferecer uma dose de reforço a todos dos grupos prioritários. O Estadão questionou o ministério qual subgrupo terá preferência, mas a pasta informou apenas que está em processo de compra regular de mais 70 milhões de doses.
Para as crianças, a recomendação do Ministério da Saúde é aplicar a primeira dose da vacina aos seis meses de idade, a segunda dose aos sete meses e terceira dose aos nove meses. No entanto, todas as crianças de seis meses a menores de cinco anos não vacinadas ou com doses em atraso poderão completar o esquema de três doses, seguindo o intervalo recomendado de quatro semanas entre a primeira e a segunda dose e oito semanas entre a segunda e a terceira. No caso dos adultos, o indicado é apenas uma dose do imunizante.
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