O Ministério da Saúde confirmou 106 casos de varíola dos macacos no Brasil, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (6). São Paulo é o Estado mais afetado, com 75 pacientes identificados. Segundo a pasta, existe uma articulação direta com os Estados "para o monitoramento dos casos e rastreamento dos contatos dos pacientes".
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo ou íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. Esse contato pode ser, por exemplo, por abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias próximas e por tempo prolongado.
Para prevenir a infecção, a recomendação é evitar contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, evitar o contato com qualquer material, como roupas de cama, que tenha sido utilizado pela por ela, e higienizar as mãos, lavando-as com água e sabão.
Os primeiros sintomas podem ser: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início desses sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele que podem estar localizadas em mãos, boca, pés, peito, rosto e regiões genitais.
A varíola dos macacos pode ser letal, mas o risco é baixo. Existem dois grupos distintos do vírus da doença circulando no mundo, agrupados com base em características genéticas: um predominantemente em países da África Central – com taxa de fatalidade de cerca de 10% – e outro circulando na África Ocidental, com taxa bem menor, de 1%.
Complicações podem ocorrer, principalmente infecções bacterianas secundárias da pele ou dos pulmões, que podem evoluir para morte ou disseminação do vírus para o sistema nervoso central, gerando um quadro de inflamação cerebral grave chamado encefalite, que pode ter sequelas sérias.
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