Enquanto o governo tenta reduzir o acesso aos dados sobre a pandemia do novo coronavírus, a Covid-19 continua se alastrando pelo país. O Brasil contabilizou 1.382 novas mortes causadas pela doença nas últimas 24 horas, elevando o total de vidas perdidas pela doença para 37.312, segundo o Ministério da Saúde.
De sábado (6) para domingo (7), houve registro de 12.581 novos casos de infecção pelo novo coronavírus e agora são 685.427 pessoas contaminadas, sendo registrados mais de 100 mil novos casos em menos de uma semana.
O Brasil soma 37.312 mortes e só está atrás dos Estados Unidos e Reino Unido no total de vidas perdidas para a doença.
Os dados chegam no momento em que muitos Estados e municípios discutem e implementam medidas de flexibilização da quarentena. De acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins os números globais da Covid-19 mostram que a curva de contágio do Brasil continua ascendente, diferentemente de outros países europeus e asiáticos em processo de flexibilização, cujos dados parecem indicar, uma estabilização no número de casos.
A projeção do avanço do coronavírus no Brasil feita pela Universidade de Washington foi atualizada pela segunda vez, e agora prevê 165,9 mil mortes causadas pela Covid-19 no País até 4 de agosto. A primeira estimativa para o Brasil, feita em 12 de maio, projetava 88 mil mortes. O dado foi alterado para 125,8 mil mortes no último dia 25 e novamente revisado no último sábado(6).
O Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) lançou neste domingo um site para divulgar dados sobre o coronavírus no Brasil. A medida do órgão, que reúne os gestores dos 26 estados e do Distrito Federal, ocorreu após o Ministério da Saúde mudar a forma de divulgação dos números sobre a Covid-19 no país. Nos últimos dias, o Ministério da Saúde passou a omitir o número total de casos e mortes causadas por coronavírus no Brasil, divulgando apenas os dados das últimas 24 horas.
De acordo com o Conass, os dados no portal lançado neste domingo serão atualizados diariamente as 17h. Desde a última quinta-feira (4) o Ministério da Saúde passou a divulgar os dados apenas à noite, a partir das 21h30.
Mais de 400 mil pessoas morreram de Covid-19 em todo o mundo, segundo balanço da Universidade americana Johns Hopkins, com o número de casos aumentando na América Latina e sem uma perspectiva de chegada ao pico, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O chefe de emergências da OMS, Mike Ryan, afirmou na semana passada que é difícil prever se o pior está por vir nas América do Sul e Central.
Durante algum tempo no início da pandemia, quando a América Latina era mais espectadora do surto ocorrendo na China, depois na Europa e em seguida nos Estados Unidos, havia esperança de que, quando o coronavírus chegasse ao continente, seria diferente. Semanas depois, mais de um milhão de pessoas estão infectadas, dezenas de milhares morreram e aquelas esperanças desvaneceram.
A doença tem sido um desastre no Brasil, que hoje está em segundo lugar, depois dos Estados Unidos, em casos confirmados, com mais de 31 mil mortos. O Peru tem o dobro do número de infecções registrado na China. No Chile, as autoridades alertaram que o sistema hospitalar em Santiago está no limite da capacidade de atendimento.
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