O Brasil registrou um novo recorde diário de mortes, com 1.349 óbitos, além de 28.633 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde. Ao todo, são 32.548 mortes e 584.016 casos confirmados no país até agora.
Na terça (2), o Brasil havia registrado 1.262 novos óbitos, e ultrapassado a marca tétrica de 30 mil óbitos desde o início da pandemia.
O Ministério da Saúde não comentou os novos números. Uma entrevista com a equipe técnica para apresentar um perfil epidemiológico da epidemia da Covid-19 no país estava marcada para a tarde desta quarta (3), mas acabou cancelada e adiada para quinta (4).
A divulgação dos dados também sofreu atrasos. Inicialmente marcada para 19h, só ocorreu às 22h.
Em nota, o ministério alegou problemas técnicos para a mudança de horário. Atrasos, porém, têm sido frequentes.
O diretor-executivo da OMS, Michael Ryan, afirmou nesta quarta (3) que a transmissão comunitária de coronavírus continua intensa no Brasil e que o país é um dos que preocupam a OMS, ao lado do Haiti, da Nicarágua e do Peru.
"Quando a transmissão comunitária se instala, é muito difícil interrompê-la. Exige várias intervenções em conjunto, coordenação entre todos os níveis de governo, comunicação clara, adesão da população e decisões baseadas em conhecimento científico", disse ele.
Segundo a líder técnica da entidade, Maria van Kerkhove, a experiência de países que foram mais afetados pela pandemia (como Itália ou Espanha) mostra que, quando a transmissão está fora de controle, é preciso priorizar os locais onde há mais concentração de vírus circulando: aqueles em que há mais contato entre as pessoas.
O estado de São Paulo registrou nesta quarta-feira (3) 8.276 óbitos e 123.483 casos confirmados pelo novo coronavírus desde o início da pandemia. Entre as pessoas diagnosticadas com a Covid-19, 23 mil foram internadas, curadas e tiveram alta hospitalar.
Das 645 cidades do estado, houve pelo menos uma pessoa infectada em 537 municípios, sendo 274 com um ou mais óbitos.
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