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Brasileira é encontrada morta na Bolívia e suspeito é adolescente de 16 anos

Brasileira é encontrada morta na Bolívia e suspeito é adolescente de 16 anos

A vítima apresentava sinais de estrangulamento, violência sexual e ferimentos provocados por faca

Publicado em 9 de abril de 2025 às 09:09

Jenife Silva foi encontrada morta no apartamento onde vivia, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia
Jenife Silva foi encontrada morta no apartamento onde vivia, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia Crédito: Reprodução/Redes Sociais

A brasileira Jenife Silva, 37, foi encontrada morta na última quarta-feira (2), em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Segundo a polícia local, a estudante de medicina foi vítima de feminicídio. O principal suspeito é um adolescente boliviano de 16 anos, que foi apreendido. A brasileira apresentava sinais de estrangulamento, violência sexual e ferimentos provocados por faca.

Jenife era natural de Santana, no Amapá, e morava há cerca de seis anos na Bolívia, onde cursava medicina. O corpo dela foi encontrado pela proprietária da casa onde vivia, após a estudante deixar de responder às mensagens. Ela morava sozinha e estava em fase final de formação no curso.

Na última terça-feira (8), familiares, amigos e moradores realizaram um protesto em Santana pedindo justiça e a repatriação do corpo. O ato foi convocado pela vice-prefeita da cidade, Isabel Nogueira, e incluiu cobranças por uma investigação rigorosa e apoio do governo brasileiro no caso. Ainda não há previsão para a liberação do corpo, que segue na Bolívia.

De acordo com as autoridades locais, Jenife conheceu o adolescente recentemente. A família afirma que os dois não tinham proximidade. O jovem foi visto saindo do local do crime e, em depoimento, disse que trocou números com Jenife após conhecer a estudante em uma praça, mas negou envolvimento na morte.

Reportagem do jornal boliviano Unitel aponta que o adolescente mentiu sobre a própria idade, dizendo ter 20 anos para marcar um encontro com a brasileira. Ele foi encaminhado ao Centro Nueva Vida Santa Cruz, que acolhe adolescentes infratores. Sem previsão para o traslado do corpo ao Brasil, familiares de Jenife iniciaram uma campanha de financiamento coletivo para viabilizar a repatriação e custear despesas funerárias. Ela era mãe de dois filhos e morava há cerca de seis anos na Bolívia, onde finalizava o curso de medicina.

A OAB-AP (Ordem dos Advogados do Brasil no Amapá) divulgou nota manifestando repúdio à morte de Jenife. A entidade afirmou que acompanha o caso e pediu apuração rigorosa e responsabilização dos envolvidos. O advogado Cícero Bordalo Jr., presidente da Comissão de Combate ao Feminicídio da OAB no estado, disse que irá protocolar um pedido ao Ministério das Relações Exteriores para que o corpo da brasileira não seja cremado na Bolívia. Ele também solicitou que a perícia de exumação cadavérica, necessária para aprofundar a investigação, seja feita no Brasil.

O Ministério das Relações Exteriores afirma que acompanha o caso e está em contato com os familiares de Jenife e com as autoridades locais, prestando assistência consular.

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