> >
Bronquiolite: como evitar o agravamento da doença

Bronquiolite: como evitar o agravamento da doença

Pertencente ao gênero Pneumovirus, o VSR é um dos principais agentes da infecção aguda nas vias respiratórias. O vírus atinge brônquios e pulmões

Publicado em 19 de maio de 2022 às 12:24

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Onze crianças morreram de Covid em dois meses no ES
Doenças respiratórias são um perigo para bebês. (Pixabay)

Consideradas as épocas mais propícias para a proliferação do vírus sincicial respiratório (VSR), por serem as estações mais frias e secas, no outono e no inverno é mais comum observar o aumento de crianças internadas com bronquiolite e pneumonia. Desta forma, medidas preventivas e o diagnóstico precoce são ferramentas para evitar o agravamento do quadro clínico.

Pertencente ao gênero Pneumovirus, o VSR é um dos principais agentes da infecção aguda nas vias respiratórias. O vírus atinge brônquios e pulmões. Não há vacinação contra o VSR. Somente no caso das crianças prematuras nascidas com até 28 semanas de gestação ou com fator de risco como bebês com displasia broncopulmonar e cardiopatias congênitas, um programa do Ministério da Saúde oferta o palivizumabe, anticorpo específico contra o vírus sincicial, aplicado uma vez por mês durante cinco meses, antes do período de maior circulação do vírus, para evitar formas graves da doença.

A amamentação, por exemplo, é um reforço imunológico importante. Ou seja, o desmame precoce deixa a criança mais frágil. Além disso, em caso de pessoas fumantes, é importante evitar que a criança seja exposta à fumaça.

"Viroses respiratórias têm sintomas comuns como tosse, febre, dor de garganta e coriza. No VSR, o que chama atenção é a idade do bebê - geralmente atinge com mais frequência crianças de até 2 anos de idade - e a dificuldade para respirar, sintomas associados à época do ano com predomínio da circulação do vírus. Claro que também existem testes para saber qual vírus acomete a criança naquele momento. Febre persistente e criança que não reage aos estímulos são sinais de alarme. Isso vale para todas as doenças. Crianças pequenas com quadros respiratórios precisam ser avaliadas pelos médicos".

A orientação é do médico Renato Kfouri, pediatra, infectologista e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), durante participação ontem no Fórum Estadão Think "A bronquiolite e a pneumonia podem atacar até dentro de casa - evite que seu guerreiro tenha que lutar contra o VSR", patrocinado pela AstraZeneca.

TRATAMENTO

No caso da bronquiolite, as crianças podem transmitir o VSR por mais de uma semana. Mesmo após apresentar melhora, é importante ter atenção. Marco Aurélio Safadi, professor de pediatria e infectologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), salienta que em crianças menores o risco é maior de agravamento.

"Uma criança com desconforto respiratório nesta faixa etária e que perde a capacidade de mamar tem fatores levados em consideração na avaliação do quadro clínico. Muitos casos necessitam de internação para oferecer assistência respiratória para o bebê", destaca Safadi. "A hidratação é essencial neste caso. E vale reforçar a amamentação no caso do bebê que mama e até aumentar a oferta de fórmula no caso de bebês que não mamam no peito", diz o professor de pediatria.

Segundo Rosana Richtmann, médica infectologista do Hospital e Maternidade Santa Joana, Pro Matre Paulista e Instituto de Infectologia Emílio Ribas, os bebês prematuros estão entre os grupos de alto risco. "Os brônquios mais finos ficam inchados e o vírus causa secreção, obstruindo as vias respiratórias e a criança fica mais cansada", diz.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais