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Butanvac, vacina do Butantan, inicia estudo clínico em voluntários em SP

Butanvac, vacina do Butantan, inicia estudo clínico em voluntários em SP

Os estudos clínicos foram iniciados após autorização da Anvisa. Exames para triagem dos seis primeiros voluntários cadastrados foram realizados em Ribeirão Preto

Publicado em 9 de julho de 2021 às 16:04

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Butanvac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan
Butanvac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan. (Governo de SP)

Os ensaios clínicos da Butanvac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan, foram iniciados nesta sexta-feira (9) em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

Exames para triagem dos seis primeiros voluntários cadastrados foram realizados no Hemocentro do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. A expectativa é que as primeiras doses em voluntários sejam aplicadas nas próximas semanas, após a conclusão dos exames.

Os estudos clínicos foram iniciados após autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), emitida na quarta-feira (7).

O aval da Anvisa corresponde às fases 1 e 2 da pesquisa, quando são confirmados dados de segurança observados em estudos pré-clínicos e obtidas as primeiras informações de eficácia da vacina.

A previsão é que essas fases envolvam até 5.000 voluntários. Os testes, no entanto, devem ser divididos em três etapas --de acordo com o Butantan, a primeira delas envolverá 418 pessoas.

A vacina será aplicada com duas doses, com intervalo de 28 dias entre a primeira e a segunda.

Nesta primeira etapa, serão testadas acima de 18 anos que não foram vacinadas e não foram expostas ao vírus.

As etapas seguintes irão envolver pessoas vacinadas, independentemente do imunizante, e pessoas que tiveram Covid-19. A previsão é que a pesquisa dure em torno de 17 semanas.

As conclusões do estudo serão remetidas à Anvisa para solicitar a autorização de uso emergencial.

"Temos mais de 10 milhões de doses prontas aguardando a conclusão desse estudo que se inicia hoje. Isso é um estudo que certamente ficará na história da ciência e da saúde pública do Brasil", afirma Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan.

O governador de São Paulo João Doria (PSDB), que também participou da solenidade em Ribeirão preto, destacou a importância de ter mais uma opção de vacina a partir do próximo ano, quando os brasileiros que já receberam a vacina para a Covid-19 deverão ser revacinados.

"Seremos capazes de atender toda a necessidade da população brasileira para as doses de 2022 contra a Covid-19", afirmou o governador, indicando que também pretende exportar a vacina para outros países latino-americanos.

De acordo com o Butantan, inicialmente, o estudo clínico vai avaliar se a vacina é segura e aspectos da dosagem.

"Em um segundo momento, será estudada a imunogenicidade, ou seja, a resposta imunológica que os participantes do estudo desenvolverão. O estudo clínico da Butanvac será de comparação, ou seja, os resultados da pesquisa serão comparados aos das vacinas já descritas, permitindo inferir a eficiência da vacina", informa.

A tecnologia da vacina é baseada no uso de um vetor viral --no caso, o vírus da doença de Newcastle geneticamente modificado, desenvolvido por cientistas norte-americanos na Icahn School of Medicine at Mount Sinai, dos Estados Unidos, e inativado para formulação do imunizante.

O desenvolvimento complementar da vacina é feito totalmente com tecnologia do Butantan, informa o laboratório.

Ainda em nota, o instituto diz que a expectativa é ter 40 milhões de doses prontas até outubro. A vacina, porém, ainda precisará ter os estudos clínicos concluídos e ser aprovada pela Anvisa para ser utilizada em larga escala. A expectativa é que os estudos sejam concluídos em, no máximo, 17 semanas.

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