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Reforma tributária é aprovada em primeiro turno na Câmara; acompanhe

Reforma tributária é aprovada em primeiro turno na Câmara; acompanhe

Presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) informou que o texto-base vai incorporar acordos firmados com governadores e entidades que participaram das discussões

Publicado em 6 de julho de 2023 às 15:41- Atualizado há um ano

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Reunida desde a manhã desta quinta (6) para tratar sobre a proposta, a Câmara dos Deputados aprovou, em primeiro turno, a reforma tributária na noite desta quinta (6). Foram 382 votos a favor da PEC 45/19 contra 118, com 3 abstenções. A sessão prossegue com a apresentação de destaques. A votação em segundo turno da proposta está prevista para acontecer ainda esta noite.

Após reunião com governadores, o relator da proposta, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) apresentou uma nova versão do texto, lida em plenário no início da noite. No início da apreciação da proposta, a Câmara rejeitou o requerimento do PL para adiar a votação. Foram 357 votos contra o requerimento e 133 a favor.

Entre as mudanças no texto feitas pelo relator, está a alteração da composição do Conselho Federativo, que será responsável centralizar a arrecadação dos novos tributos unificados, e do funcionamento da Zona Franca de Manaus (ZFM).

Por se tratar de uma PEC, a proposta precisa ser aprovada em dois turnos com, no mínimo, 308 votos. O texto apresentado por Ribeiro propõe a substituição de dois tributos federais (PIS e Cofins) por uma Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), gerida pela União; e de mais dois tributos (ICMS e ISS) pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), gerido por estados e municípios. Já o IPI vai virar um imposto seletivo.

A arrecadação do IBS será centralizada e organizada pelo Conselho Federativo, que teve estrutura alterada no novo texto. Estão previstos:

  • 27 representantes de cada um dos estados e o Distrito Federal
  • 14 representantes que serão eleitos, com voto em peso igual, pelos municípios;
  • 13 representantes que serão eleitos, com peso do voto ponderado pelo número de habitantes, pelos municípios

Segundo o texto, as deliberações do conselho serão tomadas se alcançarem cumulativamente os votos:

  • nos Estados: da maioria absoluta de seus representantes e de representantes que correspondam a mais de 60% da população do país
  • nos municípios: da maioria absoluta de seus representantes.

Também serão criados fundos para compensar as perdas de entes federativos e para incentivar o desenvolvimento regional e o combate à pobreza. 

Redução de alíquotas

Foi alterado ainda pelo relator o texto sobre redução de alíquotas. Ele acrescentou atividades jornalísticas no rol de serviços que terão redução das alíquotas dos dois IVAs. A redução prevista será de 60% e não mais 50%. Com isso, a alíquota incidente será equivalente a 40% do IBS (IVA estadual e municipal) e do CBS (IVA federal).

O relator havia proposto inicialmente a possibilidade de cortar a tributação da seguinte lista:

  • serviços de transporte público coletivo urbano, semiurbano ou metropolitano;
  • medicamentos;
  • dispositivos médicos e serviços de saúde;
  • serviços de educação;
  • produtos agropecuários, pesqueiros, florestais e extrativistas vegetais in natura;
  • insumos agropecuários, alimentos destinados ao consumo humano e produtos de higiene pessoal;
  • atividades artísticas e culturais nacionais.

O relator inclui também na lista de produtos e serviços, além das produções jornalísticas e audiovisuais:

  • dispositivos médicos e de acessibilidade para pessoas com deficiência;
  • e medicamentos e produtos de cuidados básicos à saúde menstrual;

Cesta básica

O texto do relator prevê ainda alíquota zero para os itens da cesta básica. Segundo Ribeiro, a isenção foi incluída na proposta e estará prevista na Constituição.

"Para acabar com a desinformação, estamos trazendo à Constituição a cesta básica nacional de alimentos e ela tem alíquota zero. Isso é para que ninguém diga que vamos pesar a mão sobre os mais pobres."

*Com informações das agências Câmara e Reuters

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