Caminhoneiros fazem desde a manhã desta quarta-feira (8) paralisações em trechos de rodovias em Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo, segundo a Polícia Rodoviária Federal dos estados.
Desde às 8h, em Santa Catarina, há bloqueio de caminhões em Garuva, Joinville, Mafra, Santa Cecília, Guaramirim e Campos Novos. No Espírito Santo, caminhoneiros fazem bloqueios em 8 cidades. No Paraná, há manifestações nas rodovias federais em Paranavaí e em Maringá. As mobilizações seguiram no período da tarde.
Não há informações imediatas da polícia sobre os motivos das manifestações, que se seguem aos protestos nacionais de 7 de Setembro.
Segundo publicação da polícia na rede social, no Paraná há pontos de interdição nas rodovias federais BR-376, em Paranavaí, e na BR-376, em Maringá.
A PRF de Santa Catarina também citou no Twitter bloqueios nas BRs 116, 282, 280, 470 e 101, somente para caminhões.
Os protestos não afetam, até o momento, o escoamento de produtos agrícolas como grãos, disse à Reuters a Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais), por meio da assessoria de imprensa.
A administração por tuária de Paranaguá (PR) afirmou, após ser consultada por meio da assessoria de imprensa, que não há sinais de caminhoneiros atrapalhando o fluxo de cargas para o porto até o momento.
O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) está acompanhando os "bloqueios pontuais" juntamente com o Ministério da Infraestrutura e a PRF.
Porém, segundo a secretária-executiva de Dowstream do IBP, Valéria Lima, não houve até agora um problema maior, capaz de que impactar o abastecimento de combustíveis.
A categoria estava dividida quanto aos atos do dia 7 de setembro. Motoristas independentes decidiram aderir, mas sem o apoio formal de entidades. Líderes da categoria que costumam atuar em mobilizações não acreditam que possa ocorrer uma paralisação nesta semana, conforme informou o o jornal Folha de S.Paulo.
Para eles, as pautas defendidas nas manifestações não diziam respeito aos pleitos do grupo, por isso não houve incentivo à adesão.
O embate do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com o STF (Supremo Tribunal Federal) tem apoio nesse grupo. Há três ações diretas de inconstitucionalidade propostas por ruralistas e por transportadoras que ainda não foram julgadas pela corte. Elas questionam a política nacional de piso mínimo, implementada por meio de lei durante o governo Michel Temer (MDB).
A radicalização de Bolsonaro fragilizou sua a base política, e deve aumentar a reação do Congresso ao governo. Na noite desta terça-feira (7), Pacheco anunciou o cancelamento de sessões do Senado previstas para esta semana. Aliados afirmam que a decisão seria o primeiro reflexo das ameaças de Bolsonaro.
Entre os efeitos colaterais também foi um aquecimento das discussões de impeachment nos partidos de centro.
Depois de PSD e PSDB começarem a debater o tema, o Solidariedade disse que vai se reunir na próxima semana para fechar uma posição, enquanto no MDB a pressão interna para que o partido apoie a abertura do processo vem crescendo cada vez mais.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta