Com novos casos descartados, caiu para nove o número de casos no Brasil de suspeita de infecção pelo novo coronavírus. Entre os casos ainda em investigação, três estão em São Paulo e três, no Rio Grande do Sul. Os estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina e Minas Gerais acompanham um caso cada. Os dados são de balanço do Ministério da Saúde divulgados na manhã desta quinta-feira (6).
Segundo a pasta, já são 24 casos descartados após exames apontarem infecção por outros tipos de vírus, a maioria por influenza B, comum em casos de gripe. O Brasil não tem nenhum caso confirmado da doença.
Mesmo sem registros, representantes do Ministério da Saúde se reúnem nesta quinta-feira com secretários de saúde e estados e capitais para discutir ações para controle do novo coronavírus. O objetivo é preparar a rede de saúde diante da possibilidade de chegada do vírus ao país.
"É uma nova empreitada em que somos colocados à prova, mas que até o momento temos sido aprovados", disse no início do encontro o presidente do Conass, conselho que representa secretários estaduais de saúde, Alberto Beltrame.
Segundo ele, estados já finalizaram planos de contingência em caso de casos confirmados. Já alguns secretários de saúde das capitais demonstraram preocupação como subfinanciamento do SUS e com a aquisição de insumos que antes eram comprados da China, devido ao risco de que o país suspenda parte da produção.
Também defenderam ações de reforço em equipes de saúde que atuam nas fronteiras e pediram orientações sobre quais medidas devem ser adotadas no Carnaval.
O Ministério da Saúde tem defendido que não há necessidade de medidas extras para o período. A reunião segue ao longo da manhã desta quinta. Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, mesmo sem casos confirmados, a pasta tem trabalhado com um cenário "intermediário" de impacto do novo coronavírus para planejar ações.
Até esta quinta (6), mais de 28 mil pessoas tiveram diagnóstico confirmado da infecção, 99% delas na China.
"Nos últimos dias, temos observado um aumento de casos na China em relação a outros países, onde esses casos têm estabilizado", afirma o secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, ao apresentar os dados a secretários de saúde.
Ele ressalta que, mesmo dentro da China, a transmissão não é homogênea, com cerca de 60% dos casos concentrados na província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan.
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