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Celso de Mello diz que 'bolsonaristas fascistoides' ameaçam juízes

Celso de Mello diz que 'bolsonaristas fascistoides' ameaçam juízes

Mensagem enviada a magistrados diz que eles serão mortos, pois será "decretado" um estado de sítio no Brasil sob o "comando do general Braga Netto"

Publicado em 21 de maio de 2020 às 21:47

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello afirmou que pessoas que têm abarrotado as caixas de mensagens de juízes de tribunais de Brasília com mensagens anônimas e ameaças de morte são "bolsonaristas fascistoides, além de covardes e ignorantes".

Ministro do Supremo Celso de Mello
Ministro do Supremo Celso de Mello não foi alvo diretamente das ameaças, mas comentou o enfrentamento que tem sido feito a juízes no país. (Carlos Moura/STF)

O magistrado não recebeu textos ameaçadores. Mas, questionado sobre o teor das mensagens enviadas a outros juízes, afirmou também que seus autores "revelam, com tais ameaças, a sua face criminosa, própria de quem abomina a liberdade e ultraja os signos da democracia".

As mensagens enviadas a juízes, reveladas pelo jornal Correio Braziliense, falam em "matar em legítima defesa", pois será "decretado" um estado de sítio no Brasil sob o "comando do general Braga Netto", ministro da Casa Civil do presidente Jair Bolsonaro.

Braga Netto pediu investigação sobre os textos enviados aos magistrados.

A Polícia Civil e o Ministério Público do Distrito Federal realizaram uma operação na manhã desta quinta-feira (21) para apurar ameaças feitas por e-mail a autoridades do Judiciário, Legislativo e Executivo e prenderam duas pessoas em flagrante por crime de utilização indevida de selo ou sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou em proveito próprio ou alheio.

O VÍDEO 

O ministro Celso de Mello é o relator do inquérito que investiga as declarações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro sobre suposta tentativa de Jair Bolsonaro de interferir na Polícia Federal.

Nesta sexta-feira (22), ele deve anunciar se levanta ou não o sigilo do vídeo com a gravação da reunião ministerial em que Jair Bolsonaro teria ameaçado demitir Moro.

O vídeo da reunião, ocorrida no dia 22 de abril, no Palácio do Planalto, é considerado um elemento fundamental para a investigação.

A defesa de Moro pede que a íntegra do vídeo seja divulgada e componha o inquérito.

Já a AGU (Advocacia-Geral da União) e a PGR (Procuradoria-Geral da República) defendem apenas a liberação de alguns trechos da gravação.

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