SÃO PAULO - As principais centrais sindicais do país aprovaram por unanimidade e sem restrição a adesão a um dos manifestos a favor da democracia, documento que está sendo organizado por entidades empresariais e outros representantes de classe.
Na manhã desta quinta-feira (28), participaram da reunião dirigentes da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Intersindical (Central da Classe Trabalhadora), Pública e NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores).
O encontro ocorreu na sede da UGT, no centro da capital paulista. A CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) não compareceu, mas confirmou sua assinatura, e apenas a Conlutas (Central Sindical e Popular Conlutas) não se pronunciou ainda sobre a participação.
Os representantes discutiram se seria conveniente as centrais aderirem ao manifesto das entidades. O texto, intitulado "Em Defesa da Democracia e da Justiça", tem previsão de ser publicado no dia 11 de agosto, e contará com a assinatura da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e da Febraban (federação que reúne os bancos). Ele será lido em evento programado no mesmo dia, na Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo).
As centrais, no fim, entenderam que se trata de um manifesto em defesa das eleições e do Estado Democrático de Direito. Essas centrais reunidas representam mais de 60 milhões de trabalhadores no país.
Na terça (26), a Fiesp já havia confirmado sua participação no texto elaborado pelas entidades, que deve ser publicado nos principais jornais do país. O conteúdo do manifesto ainda está sendo discutido entre as associações.
A expectativa é que o documento tenha cinco parágrafos e seja escrito em um tom mais ameno que um manifesto dos ex-alunos da Faculdade de Direito da USP, "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito", publicado no site da faculdade também na terça-feira e já passando de 100 mil assinaturas.
As centrais devem marcar uma reunião para tratar do tema com o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva. Elas dizem que também irão pedir aos organizadores da carta de ex-alunos da USP para que consigam assinar o documento institucionalmente, mesmo que parte dos dirigentes já tenha assinado o documento individualmente.
Os dois manifestos serão lidos em cerimônias no dia 11 de agosto, no largo de São Francisco, onde fica a Faculdade de Direito da USP.
A primeira cerimônia deve ter empresários e demais representantes da sociedade civil, às 10h, no Salão Nobre, quando será lido o manifesto das entidades empresariais e associações. Na outra, às 11h30, será feita a leitura do manifesto "Carta aos Brasileiros".
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